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Técnica de enfermagem cobrava R$ 50 por dia de atestado, diz polícia

Silvia Vilarinho

| Edição de 02 de junho de 2023 | Atualizado em 02 de junho de 2023
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A técnica de enfermagem do Hospital da Providência confessou em seu depoimento à Polícia Civil, que realizava a falsificação e venda de atestados médicos na cidade. A mulher, de 31 anos, foi detida no final da tarde de quinta-feira (1), ouvida e liberada em seguida, por não haver flagrante. Segundo o delegado Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, titular da 17ª Subdivisão Policial (SDP), além dela, que será indiciada por falsificação, outras três pessoas que compraram atestados devem ser indiciadas pelo uso de documento falsificado. As investigações continuam.

“As investigações começaram no início deste ano, quando um médico denunciou que estavam sendo apresentados alguns atestados com a assinatura dele, de pessoas que ele não atendeu. Entramos em contato com as empresas onde os atestados foram apresentados e confirmamos a falsificação dos documentos. A partir disso, começamos a ouvir os funcionários que apresentaram os documentos e conseguimos chegar até a técnica de enfermagem do Hospital da Providência. Ela confessou que estava emitindo os documentos falsos e que teria subtraído talões de receituários e atestados, além do carimbo do médico”, contou o delegado.

Segundo as investigações, a técnica de enfermagem tinha uma tabela de preços, R$ 50 por dia de atestado. Após o cumprimento de mandados de busca e apreensão realizados na residência da suspeita e no hospital onde ela trabalha, os investigadores conseguiram juntar provas, como carimbos do médico, blocos de atestados e receituários médicos, além de alguns medicamentos. Além disso, a polícia encontrou ainda material de uma outra médica, que também atua no Hospital da Providência, que também pode ter tudo os documentos furtados. 

“A técnica de enfermagem foi conduzida até a delegacia, prestou depoimento e foi liberada em seguida. Ainda vamos terminar a investigação, realizando outras oitivas para concluir o inquérito. Ela deverá ser indiciada pelos crimes de falsificação de documento público e ainda poderá responder por peculato e pelo furto dos materiais do hospital. Ela deve responder em liberdade. Outras três pessoas, já identificadas, que utilizaram os atestados falsos, também serão indiciadas pelo crime de uso de documento falso”, explicou o delegado. (SÍLVIA VILARINHO)

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