Achuva do início desta semana está prejudicando a colheita de trigo na região. Nos municípios pertencentes ao Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), de Apucarana, a safra atinge 35% da área total semeada.
A chuva que chega agora na colheita faltou para muitos agricultores durante o desenvolvimento do trigo. Com isso, as perdas estão estimadas, de maneira geral, em 10%, segundo o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab de Apucarana. O percentual é maior ou menor conforme o município.
Nunomura lembra que a estiagem durou cerca de 50 dias entre o final de junho e o início de agosto, gerando prejuízos aos produtores da região. Nos 13 municípios da Seab de Apucarana, a cultura foi semeada em 40 mil hectares, sendo que 14 mil foram colhidas até agora. “A seca gerou perdas irreversíveis, reduzindo o potencial produtivo”, diz.
O técnico do Deral assinala que os agricultores esperam o tempo melhorar para retomar a colheita, o que deve ocorrer já a partir do final desta semana. “Os produtores que estavam em condições para colher intensificaram os trabalhos na semana passada e no sábado e domingo”, comenta.
O agricultor Pedro Henrique Bovo Cortinove já colheu todo o trigo plantado na propriedade dele em Apucarana. “A gente estima até 15% de quebra pela estiagem”, afirma. Segundo ele, algumas áreas também foram afetadas pela geada de junho, especialmente nas regiões de baixada. “Por conta do preço do trigo, acreditamos que o saldo ainda será positivo”, avalia o produtor, que também presta consultoria na área.
IVAIPORÃ
Na regional de Ivaiporã, a safra já chega a 25% do total plantado. Neste ano, foram 55.495 hectares cultivados, sendo que 13.873 já foram colhidos, segundo balanço da Seab. A área plantada nos 15 municípios da regional perdeu espaço para o milho safrinha. A redução foi de 28,85%.
Ao contrário da região de Apucarana, o clima foi favorável em Ivaiporã. Segundo o agrônomo do Deral, Sergio Carlos Empinotti, a previsão é de uma produtividade de 145 sacas por alqueire (3.600 quilos por ha) na região. Segundo ele, as condições das lavouras foram bem melhores na região na comparação com 2021, quando houve quebra na safra, por conta da seca e estiagem.
“Até agora, agora está dentro do previsto. O clima foi excelente, choveu pouco, mas foram nos períodos certos, suficientes para boa germinação e desenvolvimento das lavouras. Também não tivemos problemas com geadas e os produtores realizaram tratamento preventivo adequado para o controle de pragas e doenças”, destacou Empinotti.