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Vídeo mostra decapitação em Apucarana

Da redação

| Edição de 18 de abril de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Um vídeo divulgado entre grupos de um aplicativo de celular pode ajudar a identificar a autoria de um crime em Apucarana. Nas imagens, um grupo de pessoas aparece cortando a cabeça de um homem. O crime aconteceu na terça-feira passada (11). A Polícia Civil confirmou a veracidade das imagens e também que se trata do homicídio de Luciano Aparecido de Pontes, 29 anos. A vítima era investigada pela Delegacia da Mulher em um caso de estupro de vulnerável.
No vídeo, que tem pouco menos de um minuto, vários homens aparecem conversando à noite em uma estrada de terra. É possível ouvir um dos membros do grupo perguntando aos outros se algum deles é menor de idade, recebendo resposta negativa. Após um corte no vídeo, um homem aparece decapitando a vítima a golpes de facão.
Outro homem, que está realizando a filmagem com um celular faz comentários que ligam o crime ao suposto estupro cometido pela vítima. Ele ainda autodenomina o grupo como sendo pertencente a uma facção criminosa paulista. “Aqui é o PCC”, afirma.
Um dos homens segura a cabeça decepada e mostra para a câmera. O vídeo não mostra o rosto de nenhum dos agressores.
A Polícia Civil recebeu o vídeo ontem e confirmou que se trata do assassinato de Luciano Aparecido de Pontes, de 29 anos, encontrado morto na zona rural de Apucarana na semana passada. “O vídeo é, de fato, desse crime. Ele será utilizado nas investigações e pode ajudar a identificar os autores”, afirma José Aparecido Jacovós, delegado- chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana.
O delegado confirmou que Pontes estava sendo investigado por estupro, mas afirmou que a ligação do grupo com a facção criminosa PCC ainda é incerta. “Sem a identificação das pessoas que aparecem no vídeo, é difícil garantir que são membros do PCC”, diz Jacovós.
“Aqui em Apucarana, crimes graves como o estupro não ficam sem punição. Havia um inquérito em andamento. Isso não dá direito a ninguém, a não ser a Justiça, decretar uma sentença e fazer com que o sujeito pague pelos crimes cometidos”, afirma o delegado.

CRIME
A Polícia Militar (PM) encontrou o corpo na Estrada do Xaxim, zona rural de Apucarana, no último dia 11. A cabeça da vítima foi encontrada a mais de 10 metros do corpo, em meio a uma plantação. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), Pontes era morador do Conjunto Habitacional Sumatra II e era deficiente intelectual.
A delegada titular da Delegacia da Mulher, Luana Lopes, confirmou que Pontes estava sendo investigado pelo crime de estupro pela Delegacia da Mulher de Apucarana, mas não confirmou a idade da vítima ou outros detalhes do caso.
“Estamos fazendo tudo aquilo que é necessário para a investigação do caso. A investigação corre em segredo de Justiça e, por isso, não posso dar mais informações”, afirma. A Delegacia da Mulher aguardava a chegada de um laudo pericial que comprovaria o estupro, para então pedir a prisão do investigado. O laudo ainda não teria chegado.