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Alfabetização do mundo - o início da autoconsciência

Da Redação

| Edição de 30 de junho de 2022 | Atualizado em 30 de junho de 2022

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Sabemos o quanto a primeira infância, que consiste dos 0 aos 6 anos, é importante para o desenvolvimento do ser humano como um todo. Neste período apresentamos um mundo cheio de estímulos e possibilidades aos pequeninos, como se fosse a “alfabetização do mundo” em que ele vai viver e assim dentro desta apresentação também auxiliamos a nomeação das emoções que estão experenciando intensamente a cada dia.

Quando bem descritas e definidas essas emoções, algumas facilidades vêm atreladas a elas, como por exemplo, uma expressão de choro por motivo aparentemente simples, nem sempre é realmente um sentimento de magoa, podendo ser uma sensação de fome ou sono. Buscamos com o tempo que a criança desenvolva essa consciência de identificação das suas próprias emoções ou, como Daniel Goleman diz a “autoconsciência”, sabendo fazer a ligação entre sentimento, pensamento e reação destes.

Outro aspecto a se pontuar nessa “alfabetização do mundo”, em se tratando de educação emocional, é o controle das emoções, compreender o que está por trás de um sentimento como, por exemplo, a mágoa que muitas vezes pode disparar a raiva e apreender a lidar com ela. E ainda outro aspecto é também assumir a responsabilidade por decisões, atos e palavras proferidas em relação a reação da emoção sentida.

Ao longo do desenvolvimento humano, considerando agora toda a vida do indivíduo, uma aptidão social fundamental a se dar atenção desde tenra idade é a empatia, ou seja, a compreensão sobre o sentimento do outro e a doação sobre a expectativa dele, lembrando que as pessoas encaram as situações e sentimentos de inúmeras formas. O que espero com essa fala é que por sermos seres que vivem em sociedade precisamos não somente compreender sobre nós mesmo, mas também sobre o próximo.

Devo deixar claro que a Inteligência Emocional não é desenvolvida apenas na primeira infância, no período que aqui nomeei de “alfabetização do mundo”, até mesmo porque nos deparamos com situação na vida adulta como no ambiente de trabalho, convivendo com uma nova composição familiar, em que certas emoções só vão ser colocadas à prova em determinadas fases da vida. A prova da vida avalia a nossa Inteligência Emocional, não havendo reprovações ou recuperações, como no sistema escolar, mas apenas a oportunidade de aprender cada dia mais.