BISPO DOM CARLOS JOSÉ

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Dá-nos a benção, ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida!

Da Redação

| Edição de 09 de outubro de 2024 | Atualizado em 09 de outubro de 2024

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"Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5).

Mais que instinto materno, a Mãe de Jesus sente verdadeira compaixão por nós, seus filhos tão necessitados de auxílio. Entre tantos títulos, uma só é a Virgem Maria, Mãe de Deus. Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, cujo título devemos à sua ‘aparição’ nas águas de um rio, tornou-se para o povo brasileiro a Mãe compadecida e amorosa, que do Céu, junto à Trindade Santíssima, sabe o que nos falta antes mesmo que lhe peçamos, e intercede a Jesus.

O Encontro de sua Imagem pelos pescadores e a pesca farta que veio em seguida, ensina-nos até hoje que nunca estamos à mercê do destino, vivemos pela Divina Providência que, apesar de ser um mistério para nós, é sinônimo de fartura de amor e de vinho novo. Ter compaixão é identificar-se com o sofrimento do outro, sofrer com quem sofre e ter atitudes que levem a minorar ou a por fim ao sofrimento daquela pessoa ou daquele povo. Compadecer-se, ter pena e unido a quem sofre, interceder para que da melhor forma possível, a situação de sofrimento passe a ser de esperança, sob o olhar de que tudo, quando colocado nas mãos de Deus, passa.

O vinho pode se acabar, mas o Amor de Deus, jamais. Essa foi a atitude corajosa da Virgem Maria ao interceder pelos noivos e seus familiares no casamento, em Canã da Galileia. “Eles não têm mais vinho!” (Jo 2,3), assim Ela não exigiu nada, mas levou a situação ao Filho, que, amorosamente, atendeu à Mãe. Assim, os pescadores, depois de encontrarem a Imagem da Mãe, recuperaram o ânimo e voltaram à pesca, lançaram as redes e o resultado foi a fartura de peixes. O povo brasileiro, imensamente agraciado por Deus, têm por Nossa Senhora Aparecida uma devoção sem igual e um amor maior ainda. Aquela que, compadecida, fez com que os pescadores voltassem às águas e se alegrassem com a fartura da pesca, auxiliou para que a fé ressurgisse nos corações das pessoas daquele povoado e se propagasse para todo o Brasil. Fartura de peixes, fartura de uma fé renovada àqueles que, desanimados, não sabiam a quem recorrer.

Nossa Senhora Aparecida é a Mãe de todo povo brasileiro, que sabe quando o nosso ‘vinho’ da fé e da fraternidade está sendo transformado em indiferença e egoísmo. Ela sabe quando estamos trilhando por caminhos que não são os de Cristo. Como filhos que, à imitação do filho pródigo, saem debaixo da proteção da Mãe e, machucados pelas intempéries, desejam voltar ao colo macio e aconchegante que nos embala e consola, está na hora de nos voltarmos Àquela que, vendo nossas talhas vazias de esperança, afeto, paz e fraternidade, irá dizer ao Filho: ‘meus amados filhos brasileiros necessitam de um vinho novo em suas vidas, pois estão andando em caminhos tortuosos que enfraquecem sua fé e minam sua fonte de esperança’.

Sejamos nós, os filhos da Mãe Aparecida, transmissores da fé e da esperança às nossas crianças e jovens, para que eles saibam que sempre terão uma Mãe no Céu, olhando por todos que a Ela se confiam. Nossa Senhora Aparecida, abençoai o Brasil, auxiliai-nos a “fazer tudo o que Jesus nos disser”, e fazei-nos construtores da paz e da harmonia.