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Eu comigo mesmo

Da Redação

| Edição de 01 de dezembro de 2022 | Atualizado em 01 de dezembro de 2022

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A inteligência emocional tem grande relevância para a vida pessoal, mas sua importância não se resume a esse aspecto, ela também é indispensável na vida profissional. Fazendo uma retrospectiva sobre meu ano de trabalho como professora de educação emocional, posso dizer, com muita certeza, que os grandes desafios foram emocionais, meus e dos outros ao meu redor.

Essa inteligência de que falamos é uma das 15 competências essenciais para o futuro do trabalho, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial e pode ser desenvolvida desde a mais tenra idade. É essa habilidade que possibilita ao indivíduo fazer escolhas assertivas em direção aos seus objetivos através do reconhecimento das suas emoções e as dos outros equilibrando a razão e a emoção.

Segundo Daniel Goleman, autor do livro “Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente”, essa soft skill (podemos entender por habilidade comportamental e emocional) tem cinco pilares, sendo três deles referentes a como eu me relaciono comigo mesmo (intrapessoais) e os outros dois focados na minha relação com os outros (interpessoais). Neste momento conversaremos sobre os três pilares intrapessoais, “eu comigo mesmo”.

Vamos começar pela autoconsciência. A frase “Conheça-te a ti mesmo” já estava gravada na entrada do templo de Apolo, na cidade grega de Delfos, no século IV a. C., mostrando a humanidade o quão importante é. Reconhecer nossos sentimentos e emoções a ponto de conseguir nomeá-los, é o primeiro pilar essencial para desenvolver a inteligência emocional. Por exemplo, quando você está nervoso, consegue identificar essa emoção e o que gerou? Isso se chama autoconhecimento.

Depois de tomar consciência das suas emoções e sentimentos, chega o momento de fazer o “gerenciamento” do nosso pensamento e comportamento. Isso compreende como enxergamos / interpretamos cada situação e como reagimos. Por exemplo, quando alguém te dá um feedback, você reage de forma agressiva, fica magoado, se cala? Esse pilar é nominado como autocontrole ou gestão das emoções.

E por fim temos a automotivação, é aquilo que nos faz bem, que nos dá gás para seguirmos e irmos além. Precisamos ter clareza dos benefícios profissionais e pessoais que essa “ação” vai nos trazer. O que você tem feito de forma intencional para se sentir melhor? Você sabe o que te motiva?

Sabe aquela velha história da máscara de oxigênio do avião? Primeiro a máscara em você depois os outros. Pensar em nós mesmo primeiramente deve ser prioridade. Tire um tempo para ficar sozinho com você para repassar acontecimentos, reconhecer emoções, gerenciar essas emoções, ir atrás de ajuda para lidar com elas, se necessário.