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THAIS BOMBA: Por onde começar?

Da Redação

| Edição de 17 de novembro de 2022 | Atualizado em 17 de novembro de 2022

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Há um tempo atrás, escrevi aqui sobre mudança de pensamentos e de atitudes em que o artigo denominou-se “Borbolete-se” e não é de agora que falamos da necessidade de mudança. Nas últimas décadas o mundo tem exigido uma profunda mudança na forma de pensar e de agir do ser humano. Questões ligadas à defesa e a preservação da natureza, à paz mundial, à forma como construímos e lidamos com o pensamento, com o conhecimento e com a comunicação têm recebido, como em nenhum outro momento da história da humanidade, uma atenção especial, particularizada e profunda. Apesar de tamanha consciência e disposição para destacar e analisar tais aspectos, pouco ou quase nada, temos caminhado em efetivas mudanças, em ganhos reais para o ser humano, tanto do ponto de vista individual, como social.

Alguns males que afligem o mundo como as guerras, a destruição de nossas florestas e de nossos rios e mares, a fome, a miséria, o terrorismo, a ditadura da beleza, o consumismo, a SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado), a dependência de drogas, o racismo, a falta do diálogo, a perda da identidade, o esfacelamento da autoestima, a destruição da arte da dúvida e da crítica são aspectos que nos apontam como nossa sociedade encontra-se significativamente doente.

Com esse cenário algumas perguntas não calam em minha mente, o que temos feito para mudar essa atual realidade? Essa situação é de nossa responsabilidade? Com o coração cheio de certeza, essa é a responsabilidade de todos nós humanos e para conquistarmos a cada dia um passinho rumo a mudança, precisamos começar pelos os que estão perto de nós, principalmente focando nos nossos jovens. 

Precisamos conduzir nossos jovens a pensar sobre o mundo em que estamos, mas não podemos nos esquecer de levá-los a igualmente refletir sobre o mundo que somos! É necessário ainda que reflitam sobre os conhecimentos acumulados pela humanidade, sobre o que esses conhecimentos representam para nossa sociedade, tanto os benefícios como os prejuízos. Precisamos ensinar nossos jovens a lidar com o mundo externo, mas também a se aventurarem pelo mundo interno, a se interiorizarem, a se questionarem cada vez mais e a buscarem em si mesmos mais respostas. Que ganhos individuais e sociais poderíamos ter se aprendessemos a pensar, a nos amar, a amar o próximo, mesmo ele pensando diferente de você?

Pense bem, um idoso geralmente sabe o valor que a vida tem, por isso é mais cuidadoso com suas escolhas. Já uma criança vive cada dia como uma nova descoberta, se encanta com as pequenas coisas. Eis aí um dos segredos da inteligência emocional: viver a vida com a sabedoria de um idoso, mas com a emoção de uma criança!