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PayPal registrou reserva de R$ 3,1 bi em criptomoedas no final de 2022

Da Redação

| Edição de 07 de março de 2023 | Atualizado em 08 de março de 2023
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O PayPal tem se destacado nos últimos anos como uma das principais carteiras digitais do mercado, e recentemente, a companhia revelou que uma parcela impressionante dos seus passivos financeiros está alocada em criptomoedas, a exemplo do Ethereum e Bitcoin.

Pelo que foi revelado, até o dia 31 de dezembro do ano passado, a companhia tinha ao menos US$ 604 milhões (aproximadamente R$ 3,1 bilhões) aportados em criptoativos, com um destaque especial para o Bitcoin, Ethereum, Cash e Litecoin.            

Relatório anual 

Segundo o relatório anual classificado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos no começo deste mês, o Bitcoin era a criptomoeda que tinha a maior participação entre os criptoativos alocados pela companhia (aproximadamente US$ 291 milhões). Enquanto isso, a empresa possuía US$ 250 milhões em Ether, e o valor restante, US$ 63 milhões, estavam combinados em Bitcoin Cash e Litecoin.

Dessa forma, é notável que boa parte do passivo financeiro do PayPal está aportado em criptomoedas – cerca de 67% dos US$ 902 milhões que a companhia possui neste segmento. Já a quantidade de ativos financeiros da empresa foi avaliada em pouco mais de US$ 25 bilhões.

O PayPal passou a disponibilizar criptomoedas em sua plataforma há cerca de dois anos, contudo, a empresa não colocou uma divisão semelhante de criptoativos no relatório anual referente a 2021. “Devido aos riscos únicos associados às criptomoedas, incluindo riscos tecnológicos, legais e regulatórios, reconhecemos uma responsabilidade de proteção de criptoativos para refletir nossa obrigação de proteger os criptoativos mantidos em benefício de nossos clientes”, justificou a empresa no documento apresentado recentemente.

Desde que passou a ofertar a possibilidade de negociação de criptomoedas em sua plataforma para seus clientes em 2020, o PayPal não tem medido esforços para realizar a maior quantidade de integrações possíveis entre os seus serviços e as redes de blockchain e cripto. Com isso,  a companhia também visa incluir em seu catálogo moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) de todo o globo.

“O PayPal é um complemento perfeito para que bancos centrais e governos distribuam essas CBDCs de uma forma moderna para que mais pessoas possam acessar a economia digital, e achamos que esse é uma área de foco dessa nova unidade comercial que criamos”, disse o CEO da empresa, David Schulman, ainda em 2021.

No Brasil, o PayPal ficou bastante conhecido por facilitar as transações referentes a produtos e serviços advindos do exterior, com isso, a carteira digital não demorou a ser uma das mais utilizadas pelos amantes de uma boa jogatina nas plataformas online de cassino que aceita paypal. Nesses sites, o usuário pode realizar seus depósitos e saques utilizando a plataforma, aguardando pouquíssimo tempo para que sua operação seja computada e ainda tendo direito a uma variedade de ofertas únicas, que vão desde alguns bônus de boas-vindas generosos a giros totalmente gratuitos.

Real Digital será integrado com o Pix

Após muito tempo sem grandes novidades sobre o assunto, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, revelou que o projeto-piloto do Real Digital está prestes a ser lançado, e que a novidade será totalmente integrada com o sistema de pagamento digital do BC, o Pix. Contudo, apesar de afirmar que o projeto está próximo do seu início, o mandatário do BC não revelou uma data exata para o lançamento.

De acordo com Campos Neto, o Real Digital deve ser emitido pelo Central Bank Digital Currency (CDBC). Com isso, tanto as companhias quanto a população terão acesso à moeda digital emitida pelo CDBC a partir de depósitos digitais que devem ser aprovados primeiramente pelo Banco Central do Brasil. Assim, de acordo com o executivo, os bancos passarão a priorizar a digitalização dos seus balanços.

Campos Neto ainda destacou que a implementação do Real Digital não causará o total desuso do dinheiro físico, porém, ele relata que uma das principais medidas propostas pelo CBDC é reduzir a circulação de papel-moeda. De acordo com o Banco Central do Brasil, atualmente no país apenas 3% do dinheiro disponível para operações está na forma de papel-moeda