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Campanha antitabagismo tem adesão de 9 municípios na região

Da Redação

| Edição de 02 de maio de 2025 | Atualizado em 02 de maio de 2025

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A 16ª Regional de Saúde de Apucarana está iniciando agora uma nova campanha antitabagismo e, até o momento, obteve a adesão de 9 dos 17 municípios da sua área de abrangência. Nesses municípios, os fumantes interessados em se livrar do vício terão acompanhamento profissionais e acesso a medicamentos.

O diretor da RS, Lucas Leugi, informa que já recebeu os adesivos de nicotina transdérmicos, goma de mascar de nicotina e o cloridrato de bupropiona. “Os insumos, para o desenvolvimento das ações, já estão sendo entregues às secretarias de saúde os municípios, que organizam os grupos de pessoas tabagistas, coordenados por profissionais de saúde capacitados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA)”, informa Leugi.

De acordo com estatísticas oficiais, no Brasil, a cada dia, uma média de 477 pessoas morrem por causa do tabagismo. Cerca de R$153 bilhões é total de custos gerados pelos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia nacional.

O tratamento de antitabagismo, incluindo a disponibilização de medicamentos, é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Para ter acesso a esses medicamentos é necessário que os cidadãos interessados em deixar de fumar se inscrevam no programa da rede pública de saúde”, informa o cirurgião dentista Moacir Paludetto, que coordena o programa antitabagismo na 16ª RS. Ele cita ainda que em cada cidade as secretarias de saúde são responsáveis pelas atividades dos grupos antitabagismo e a entrega dos medicamentos.

Segundo ele, o uso de medicamentos tem um papel bem definido no processo de combate ao tabagismo, que é o de minimizar os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina, facilitando a abordagem intensiva do usuário. Medicamentos não devem ser utilizados isoladamente, e sim em grupo e com orientação de especialistas.

Os medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para o tratamento do tabagismo na rede do SUS são os seguintes: terapia de reposição de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar) e o cloridrato de bupropiona. Após a aquisição dos insumos pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vem coordenando a logística de distribuição para os municípios por meio das regionais de saúde.

O percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando uma expressiva queda nas últimas décadas em função das diversas ações desenvolvidas pela Política Nacional de Controle do Tabaco. As pesquisas Nacionais mais recentes demonstram que o percentual de fumantes na população adulta varia atualmente entre 9 e 12%.

Como funciona o programa

O programa, focado em parar de fumar, consiste de quatro sessões semanais de grupos (de 10 a 15 pessoas), com duração de uma hora e meia, por um período de quatro semanas. De acordo com avaliação de especialistas, num programa com essa duração, obtém-se tanto êxito quanto num programa mais longo.

“Para o segundo semestre deste ano, nossa meta é obter a adesão dos dezessete municípios da nossa regional de saúde. Lutamos para que, progressivamente, mais pessoas deixem de ser fumantes”, informa Moacir Paludetto, que atua na função de promotor de saúde profissional na RS.

Paludetto pontua que parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, tais como câncer, enfisema ou derrame. “A qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar”, frisa ele.