Onze municípios da região com atividades comerciais no exterior atingiram juntos a marca de US$ 184 milhões no acumulado entre janeiro e novembro deste ano. O nível de exportação registrado é 11% maior que 2023, quando os municípios somaram US$ 165,8 milhões no mesmo período. A receita alcançada neste ano é resultado da venda de mais de 181,8 mil toneladas em produtos variados.
Entre os itens mais comercializados lá fora estão os móveis fabricados em Arapongas, que já somam US$ 52,2 milhões, as leveduras e ração animal produzidas em São Pedro do Ivaí, que juntas atingiram US$ 43,3 milhões e os tecidos de algodão de Apucarana, que ultrapassaram US$ 6,3 milhões até o momento.
Arapongas mantém a posição de maior exportador da região, com faturamento superior a US$ 70,9 milhões para mais de 30 países. O maior parceiro do município paranaense é o Uruguai, que importou mais de US$ 9 milhões do município paranaense, seguido do Peru (US$ 7,9 milhões) e Holanda (US$ 5,12 milhões).
Em contrapartida, o levantamento mostra que Arapongas gastou mais do que vendeu no período. Entre janeiro e novembro, o município importou mais de US$ 233 milhões, gerando um déficit de US$ 162,13 milhões. Entre os produtos comprados no exterior estão compostos orgânicos, inseticidas, entre outras matérias-primas para fabricação de produtos.
O segundo maior exportador da região é São Pedro do Ivaí, que atingiu US$ 44,3 milhões com o comércio de leveduras, ração, pedras e embalagens, sobretudo para os Estados Unidos, que importou mais de US$ 24,5 milhões do município do Vale do Ivaí. No período, o município importou US$ 11,51 milhões, mantendo o equilíbrio da balança comercial local, que fechou o período com superavit de US$ 32,82 milhões.
Jandaia do Sul segue na terceira posição com faturamento de US$ 32,8 milhões com a venda de açúcar, álcool etílico, sidra, entre outros produtos, para 15 países. O município também fechou o período com superavit de US$ 21,9 milhões.
Segundo o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Apucarana, entre os fatores essenciais para o avanço das exportações em 2024 estão o atendimento das necessidades dos países compradores, qualidade dos produtos comercializados e a alta do dólar que torna os produtos brasileiros mais atrativos no mercado internacional. Para o economista, o nível elevado da exportação regional também é fruto de estudo técnico e marketing estratégico.
“Os municípios que têm avançado progressivamente nas vendas para o exterior têm aliado o crescimento técnico na produção, com orientações por meio do Sebrae e por meio dos canais de incentivo às vendas internacionais. Isso tem sido decisivo para que alguns pequenos municípios avancem cada vez mais nas vendas ao exterior”, salienta.