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Com setor em alta, região amplia pauta de exportações em 16%

Cindy Santos

| Edição de 18 de julho de 2024 | Atualizado em 18 de julho de 2024
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Carvão ativado, óleos essenciais, pedras britadas, torneiras de metal, tecidos de pelúcia, tampas para embalagens e aparelhos para filtrar líquidos. Esses são alguns dos 21 produtos que entraram na pauta exportadora regional no primeiro semestre deste ano. Entre janeiro a junho, os onze municípios com atividades no comércio internacional exportaram 147 itens para mais de 40 países. A quantidade representa um aumento de 16% em comparação com os 126 produtos exportados no mesmo período do ano passado (veja o infográfico). Os dados são do portal Comex Stat, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Apucarana é o município que mais ampliou a pauta exportadora com 14 novos itens de vários segmentos, um crescimento de 30%. Os destaques são: carvão ativado, óleos essenciais, fibra de vidro, cascalhos e pedras importados por países da América do Sul e América do Norte. No primeiro semestre deste ano o município exportou US$ 12,6 milhões e o carro-chefe ainda é o tecido de algodão que gerou faturamento de US$ 4,4 milhões, seguido por peles e couros (US$ 3,5 milhões) e fertilizantes (US$ 1,9 milhão). Entretanto, no comparativo com o ano passado, houve queda de 7,5% nas exportações do município. 

Líder das exportações regionais, Arapongas também expandiu a pauta neste ano com dois novos itens. Os produtos diferentes são os tecidos de veludo e pelúcia que ajudaram a incrementar as exportações que neste ano somam US$ 34,9 milhões, alta de 3,4% em comparação com o período homólogo. Embora tenha uma pauta exportadora variada, os móveis continuam no topo e respondem por quase 75% das exportações do município, o equivalente a US$ 26 milhões.

Jandaia do Sul também passou a comercializar novas mercadorias para o exterior. O município, cujo principal produto exportado é o açúcar, passou a exportar materiais têxteis, torneiras de metal e aparelhos para filtrar líquidos para países da América do Sul.

De todos os municípios exportadores, apenas Cambira reduziu a pauta de exportação. No primeiro semestre do ano passado, havia 9 itens na relação de mercadorias número que caiu para 6 neste ano.

ALTA

O valor exportado pela região no primeiro semestre deste ano cresceu 18% em comparação com o mesmo período do ano passado. Dados da Comext Stat apontam que neste ano os onze municípios da região faturaram US$ 87,8 milhões com o comércio no exterior, superando os US$ 74,6 milhões do ano passado. 

Novamente o produto mais exportado da região são os móveis fabricados por Arapongas, representam quase 30% das exportações da região. No ranking regional estão: Arapongas (US$ 34,9 milhões), São Pedro do Ivaí (US$ 21,1 milhões) e Apucarana (US$ 12,6 milhões).

Maior competitividade das pequenas e médias empresas

A ampliação da pauta de exportações é um fenômeno do Estado. Entre 2018 e 2023 a relação de mercadorias exportadas cresceu 9%, segundo dados compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

No ano passado, as exportações do Estado envolveram 2.081 produtos diferentes, conforme a Classificação Uniforme para o Comércio Internacional (CUCI), 168 a mais que as 1.913 mercadorias registradas no exercício de 2018. 

Segundo o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, os números revelam não somente a inserção internacional das grandes organizações paranaenses, mas refletem também a competitividade das pequenas e médias empresas. Isso porque parte dos novos produtos que entraram no cardápio das exportações é produzida por pequenos e médios negócios.

“A partir da observação dos variados produtos comercializados, é possível afirmar que os empreendimentos locais de pequeno e médio porte têm participação importante na conquista de novos mercados internacionais, elevando os impactos positivos das exportações sobre a economia do Paraná”, comenta.