O tamanho da frota de veículos elétricos deu um salto na região nos últimos dois anos. Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), disponibilizados e organizados pela NeoCharge mostram que atualmente são 513 veículos em 23 municípios, uma alta de quase 80% no comparativo com 2023 quando haviam 286 modelos na região.
A maioria dos veículos elétricos são híbridos, com duas fontes de energia. Conforme o Denatran, esse modelo corresponde a 45% da frota regional, com 206 veículos. Em seguida estão os híbrido plug-in, que combinam motor a combustão, eletricidade e bateria, e representam 37% da frota elétrica regional, com 168 modelos. Os veículos totalmente elétricos correspondem a 17%, com 78 modelos.
Os municípios que concentram o maior número de veículos do gênero são os de maior população e frota: Arapongas, Apucarana, e Ivaiporã (veja o infográfico). No Paraná, segundo dados da mesma plataforma, 27 mil veículos rodam com eletricidade.
Entre os motoristas que apostaram na transição está o empresário Marcelo Vinicius Ferman, de Arapongas. Ele relata que antes gastava R$ 440 por semana com abastecimento de sua caminhonete Amarok. Com a instalação de energia solar em sua residência e empresas, Ferman decidiu investir em um veículo elétrico. O modelo escolhido foi o BYD Seal, com 530 cavalos de potência, o que segundo ele, causou uma mudança significativa no seu padrão de consumo.
“Faz 11 meses que tenho, nesse período andei 20 mil km com o elétrico e 4 mil com a Amarok”, afirma o empresário.
Se por um lado o veículo elétrico é mais econômico, por outro, exige maior planejamento para longas distâncias, devido à falta de pontos de recarga em algumas regiões. “Tem que ser uma viagem mais planejada, se programar e saber onde são as estações de energia para abastecer. Mas, mesmo pagando o kilowatt, vale mais a pena do que o carro a combustão. É bem mais econômico”, afirma.
Outro empresário que possui veículos movidos a eletricidade é Vicente Batista Júnior, de Apucarana. Ele adquiriu um carro e uma moto após testar um modelo durante uma viagem a Goiânia.
“Usei durante três dias e achei fantástica a tecnologia e o conforto que oferece. E decidi comprar um, até porque atuo no mercado de veículos”, destaca.
Batista instalou uma usina de energia solar e afirma que está “andando praticamente de graça” em termos de combustível.
“Se eu decidir de Apucarana para Curitiba, posso recarregar em diversos pontos espalhados no trajeto. O carregador é rápido, leva meia hora para uma carga completa”, afirma o empresário que está pensando em adquirir o segundo carro elétrico.