A geração de empregos formais cresceu na região. Em janeiro deste ano foram 5.619 admissões e 4.834 desligamentos em 27 municípios, com saldo de 785 postos de trabalho com carteira assinada, um aumento de 65% em comparação ao ano passado, com 475 vagas no mesmo período. O desempenho de janeiro é o melhor dos últimos quatro meses, conforme os dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério da Economia e Trabalho.
Quase 70% das novas vagas de emprego foram criadas pela indústria de transformação, que gerou 543 novos postos de trabalho. Neste segmento, as empresas que mais contrataram no período foram as fábricas de móveis (277) e indústria da confecção (158). A prestação de serviços também contribuiu com o saldo regional, criando 319 vagas de emprego, a maioria nos setores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias e administrativas.
A construção civil é outra atividade econômica que criou 110 registros com carteira assinada em janeiro, a maioria influenciada pela construção de edifícios, que originou 80 postos de trabalho, e serviços especializados para construção de onde surgiram 40 novas vagas.
Quatorze municípios da região terminaram janeiro com resultado positivo e o maior saldo é de Arapongas, que está entre as dez cidades que mais geraram empregos no Paraná, com 475 postos de trabalho. Já Apucarana encerrou janeiro com 231 vagas e Ivaiporã com 79. Entre os municípios que mais perderam postos de trabalho estão Mauá da Serra (-58), Arapuã (-43) e São João do Ivaí (-21).
Para o economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana, o mercado de trabalho regional vem apresentando um bom desempenho.
“O desempenho positivo pode ser atribuído ao mercado de trabalho de Arapongas que, sozinho, gerou 475 novos postos de trabalho líquidos contra os 242 de janeiro de 2024. O destaque ficou por conta do setor da indústria de transformação araponguense que se apresentou como grande contratante no começo deste ano”, analisa.
Conforme o economista, a expectativa é de manutenção do nível de geração de empregos na região por conta das características setoriais locais, tendo o setor industrial e a agroindústria como grandes destaques na geração de emprego e renda.
“Se considerarmos as expectativas para a economia nacional, podemos esperar a manutenção dos empregos, com desvio padrão muito pequeno. Há uma expectativa de recessão técnica para o primeiro semestre, o que pode desacelerar o nível de atividade local. Uma recuperação do ritmo de contratações deverá ocorrer no segundo semestre do ano”, conclui.