CIDADES

min de leitura - #

Júri condena réu que matou homem que olhou sobre muro

Da Redação

| Edição de 05 de novembro de 2025 | Atualizado em 05 de novembro de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Após mais de 12 horas de julgamento, o Tribunal do Júri condenou ontem o empresário Agnaldo da Silva Orosco, 42 anos pelo assassinato de Bruno Emídio da Silva Júnior, de 33 anos. Os jurados entenderam que ele cometeu homicídio duplamente qualificado. O crime aconteceu em 9 de março de 2024 em Apucarana e ganhou repercussão nacional pela forma como aconteceu. A vítima foi morta a tiros ao olhar por cima do muro. O réu foi condenado a 19 anos de anos e 3 meses de reclusão em regime fechado.

Bruno participava de uma confraternização em uma casa na Rua João Batista Judai quando ouviu disparos vindos do imóvel vizinho. Ele então subiu em um suporte de botijão de gás para observar o que ocorria por cima do muro. Nesse momento, foi atingido por um tiro no rosto, que resultou em sua morte imediata.

Na residência do acusado, os agentes apreenderam uma espingarda de pressão modificada para calibre .22 com luneta, uma escopeta calibre 12, além de munições de calibres .380, .22 e 12, carregadores e diversos estojos deflagrados.

O julgamento, realizado no Fórum Desembargador Clotário Portugal, foi presidido pela juíza Carolina Carrijo. Familiares e amigos de Bruno acompanham a sessão em busca de justiça. Os jurados acataram a tese do promotor Eduardo Cabrini, que acusou o empresário pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilita a defesa da vítima.

O promotor Eduardo Cabrini se declarou satisfeito com o resultado do júri. “É uma resposta condizente pela resposta do crime bárbaro que aconteceu no Pirapó”, comenta.

Durante o julgamento, o réu chegou a pedir perdão aos familiares da vítima. O empresário, que está preso, foi defendido por uma banca de advogados e pode recorrer da decisão. Os advogados saíram ao final do julgamento sem conceder entrevista.

Vestindo camisetas com o rosto do filho, Marisa e Bruno Silva afirmaram que sentiram que a justiça foi feita. “Nada vai trazer o Bruno de volta. Mas dá um acalento, uma sensação de justiça feita. Que ele reflita bem sobre o que aconteceu para que outras famílias não vivam isso”, comenta a mãe.

Segundo Marisa, acompanhar o julgamento foi reviver o crime, no entanto, ela saiu satisfeita do Fórum. “Foi feita justiça”.