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Número de casos de covid-19 volta a crescer em Apucarana

Cindy Santos

| Edição de 09 de novembro de 2023 | Atualizado em 09 de novembro de 2023
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A taxa de testes positivos para covid-19 voltou a crescer em Apucarana no mês de outubro. Relatório do setor de Epidemiologia da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) traz 199 casos da doença na população geral, número três vezes maior do que a quantidade registrada em setembro, quando 59 casos foram confirmados, um aumento de 237%. Outubro perde somente para janeiro, quando foram computadas 396 registros. O aumento de casos preocupa autoridades da saúde diante da baixa procura por vacinas e da falta de cuidado quando há sintomas e suspeita de vírus.

Em relação à população infantil, o número de crianças entre zero a 11 anos positivadas com a doença foi quase cinco vezes maior no período. O relatório mostra que em setembro eram apenas três casos de covid-19, número que saltou para 14 em outubro. No geral, as síndromes respiratórias causadas por outras doenças cresceram 97% no período.

Coordenador da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Luciano Simplício Sobrinho informa que a alta começou na segunda semana de outubro, quando o número de positivados praticamente dobrou. Simplício pondera que o cenário atual é muito diferente do início da pandemia graças à vacinação, contudo, afirma que os casos aumentaram justamente porque muitas pessoas não procuraram as doses de reforço do imunizante. 

“Não é todo mundo que tem doses da vacina, pelo menos o reforço. E nem todos têm direito a vacina bivalente. Além disso, estamos em um período do início das férias, com aglomeração de pessoas. O pessoal relaxou. Tem muita gente sintomática sem máscara,mas o aumento está acontecendo, no Brasil inteiro”, comenta.

Segundo o vacinômetro do Ministério da Saúde, Apucarana imunizou 117.605 pessoas com a 1ª dose, 108.662 com a 2ª dose e 70 mil com reforço. Em relação a bivalente foram aplicadas somente 16.446 doses. Esse último imunizante pode ser aplicado a partir de quatro meses da última dose de reforço ou da segunda dose. É necessário que a pessoa tenha feito pelo menos o esquema primário de duas doses para receber a dose extra com o imunizante bivalente.

Em relação ao público infantil, a cobertura é muito baixa. Estimativa populacional aponta que, das 3.848 crianças com 6 meses a 2 anos no município, 405 (10%) receberam a primeira dose e 222 (5,7%) a segunda. Em relação ao público entre 3 anos a 4 anos, estimativa aponta que das 3.328 crianças 32% receberam a primeira dose e 15% a segunda. Entre crianças de 5 a 11 anos 70,5% (1ª) e 50,4% (2ª). “Quanto mais jovem, menor é a cobertura vacinal”, lamenta Simplício.

Saúde alerta sobre importância da vacinação contra a doença

Diante da alta de casos, o coordenador da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Luciano Simplício Sobrinho, reforça que ter todas as doses possíveis da vacina contra a covid é a melhor medida preventiva. Os imunizantes estão disponíveis em todas as salas de vacinação do município. “É justamente o fato de a maioria de a população ter tomado ao menos as doses básicas que evita o aumento das internações e das mortes. Isso porque a vacina tem uma importância para imunização individual, para que cada pessoa fique protegida diante do risco de uma doença imunoprevenível, e tem importância coletiva, porque quanto maior a cobertura menor o risco de circulação de determinada doenças. Isso favorece, sobretudo, pessoas vulneráveis com maior risco de mortalidade como crianças, idosos e imunocomprometidos”, explica Luciano Simplício Sobrinho.