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Seis pessoas são presas por tortura e morte de idoso em Apucarana

Cindy Santos

| Edição de 26 de setembro de 2024 | Atualizado em 26 de setembro de 2024

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A Polícia Civil de Apucarana prendeu seis pessoas - três homens e três mulheres - suspeitas de envolvimento na morte do idoso José Vanderlei Solito, 68 anos, dono de um bar e morador da área central de Astorga. O corpo do homem encontrado parcialmente enterrado, com os pés e as mãos amarrados, em 12 de agosto no Jardim Colonial II, em Apucarana. Segundo a polícia, O idoso foi torturado por pelo menos cinco dias antes de ser morto.

Segundo o delegado-adjunto da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana (SDP), André Garcia, cinco suspeitos são de Astorga (três mulheres de 26, 29 e 62 anos e dois homens de 18 e 24 anos) e um de Apucarana (35 anos). O crime, afirma o delegado, foi motivado por conta de um suposto abuso sexual praticado pelo idoso contra uma criança de 10 anos, que seria filha de um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O delegado informou que o homem foi raptado por oito homens armados que invadiram sua casa em Astorga no dia 28 de julho. “Ele morava no centro de Astorga e indivíduos armados invadiram a residência e o colocaram no interior de um veículo e depois o levaram dali”, explicou.

A investigação foi iniciada pela Polícia Civil de Astorga. Dois veículos foram utilizados no rapto, segundo registro de câmeras de monitoramento: um VW Voyage preto e um Fiat Siena preto. O primeiro veículo era de um morador de Astorga e o segundo de Tupã (SP). O Voyage foi encontrado em Astorga e o proprietário foi identificado, enquanto o Siena foi encontrado em Apucarana, onde o idoso foi morto.

“Esse idoso passou dias sendo torturado até que, por fim, os líderes do PCC da região - digo isso porque consta no inquérito policial - teriam definitivamente decretado a morte. O laudo indica que a morte se deu ocorrência em de traumatismo craniano, pois ele foi golpeado na região da cabeça. Depois, foi enterrado nos fundos do Jardim Colonial”.

O mandante e executores foram identificados. A ordem teria partido da avó da menina, que é do PCC . “Alguns foram interrogados e já confessaram o crime. A investigação continua”, disse. A prisão concedida pelo Judiciário é temporária, mas a intenção é solicitar a prisão preventiva dos envolvidos. “Já há elementos para isso”, acrescenta.

O delegado diz não saber o local exato onde o idoso foi torturado, mas a hipótese é de que isso tenha acontecido na zona rural de Apucarana. Desses seis presos, quatro seriam do PCC, segundo André Garcia, incluindo a avó e a mãe da criança. O delegado afirma que o crime ocorreu em Apucarana porque os líderes regionais do PCC seriam da cidade. (Reportagem Cindy Santos)