O técnico Abel Ferreira reforçou seu compromisso contratual com o Palmeiras até dezembro de 2024 e vai permanecer no clube ao menos até o fim de seu vínculo. Ele comunicou seu desejo de permanecer à diretoria em reunião com a presidente Leila Pereira nesta sexta-feira. Também estiveram no encontro o vice-presidente, Paulo Buosi, e o diretor de futebol, Anderson Barros.
O clube fez o comunicado de que, na reunião, Leila e Abel “avaliaram os objetivos alcançados pelo clube em 2023, com a conquista de três títulos em cinco competições disputadas, e deram continuidade ao planejamento para a próxima temporada”. O técnico participa ativamente do planejamento para 2024 e, como nos outros anos, entregou um relatório elaborado por ele e seus auxiliares com um balanço sobre a temporada que terminou na última quarta-feira.
A dúvida sobre o futuro de Abel aumentou com as sinalizações repetidas de que ele está exausto e, principalmente, com a proposta do Al-Sadd, do Catar, que lhe tornaria o técnico mais bem pago do mundo.
O treinador havia dado sinais diferentes. Reiterou ser um profissional que cumpre seus contratos, mas, sempre fazia ressalvas ao afirmar que não sabia se teria mais energia para continuar seu trabalho e para motivar os jogadores. Também ressaltou que precisa dar mais atenção à família, embora suas duas filhas e a mulher morem com ele em São Paulo desde julho do ano passado.
“Nesses últimos anos fiz as escolhas no eu, no que era melhor para minha carreira. Não o que era melhor para minha família. Chegou a hora de pensar neles”, disse ele no Bola de Prata. Foi nessa mesma premiação da ESPN, em que recebeu o prêmio de melhor técnico do Brasileirão, que o treinador indicou que vai permanecer. “Acho que sim”, respondeu, brevemente, sobre a permanência. “A única coisa que posso dizer é que vou decidir com o coração e com a cabeça”, emendou.
Abel repete 2021 ao fazer suspense sobre seu futuro e afirmar em várias entrevistas que está cansado e desgastado depois de pouco mais de três anos no comando do Palmeiras. Os problemas do futebol brasileiro, como as longas viagens e a quantidade de jogos espremidos, com intervalo curto entre eles, são frequentemente sublinhados pelo técnico. Os gramados ruins e os erros da arbitragem também são motivo de chateação do português.