Osaldo de novas empresas cresceu na região. Entre 10 mil aberturas e 5,5 mil baixas, 4.498 novos empreendimentos foram formalizados entre janeiro a outubro deste ano em 28 municípios, uma alta de 32,6% em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados da Junta Comercial do Paraná (Jucepar). O ranking regional é liderado por Arapongas, com saldo de 1.941 novos negócios formalizados, Apucarana com 1.327 e Jandaia do Sul com 206. Todos os municípios do Vale do Ivaí e região encerraram o período com saldo positivo (confira o infográfico).
Entre as atividades que atraíram novos empreendedores as que mais se destacam são o comércio de reparação de veículos automotores que encerrou o período com saldo de 966 novos empreendimentos, seguido pela indústria de transformação com 597, transporte com 564, atividades administrativas e serviços complementares com 495 e atividades profissionais científicas e técnicas com 336 companhias.
O levantamento aponta que quase 70% das novas empresas abertas neste ano se enquadram na modalidade Microempreendedor Individual (MEI), com mais de 3,1 mil registros na Jucepar. Na sequência aparecem as microempresas com 669 registros e Empresa de Pequeno Porte (EPP), com 620.
Dados do Sebrae apontam que boa fatia dos novos microempreendedores individuais da região são pessoas entre 18 a 39 anos que atuam especialmente em serviços de alimentação, beleza, tecnologia e negócios digitais. Também há um crescimento de empreendedores entre 40+ e 50+ na indústria, comércio e setor de serviços tradicionais que usam o negócio como recolocação no mercado de trabalho ou complemento de renda.
Para crescer, esses empreendedores devem enfrentar uma série de desafios de gestão financeira, vendas e planejamento. “Muitos empreendedores iniciam sem controle adequado de caixa, precificação correta ou separação entre finanças pessoais e empresariais, o que compromete a saúde financeira logo nos primeiros meses. Além disso, há dificuldade em atrair e manter clientes, seja pela baixa presença digital, seja pela ausência de estratégias consistentes de marketing e vendas”, aponta o consultor do Sebrae, Tiago Cunha.
Segundo ele, outro obstáculo recorrente é a falta de planejamento. “Grande parte dos MEIs se formaliza apenas para atender uma demanda imediata, sem um modelo de negócio estruturado, sem pesquisa de mercado e sem visão de crescimento. Isso gera dependência de poucos clientes e torna o negócio vulnerável a qualquer oscilação. Por fim, muitos empreendedores evitam crescer por medo de migrar para Microempresa, o que limita investimento, contratação e expansão”, afirma.
Cunha ressalta que o Sebrae possui a Sala do Empreendedor que oferece serviços de formalização e orientação ao MEI, Além de Consultorias, Palestras, Cursos, Oficinas e Workshops para as diferentes fases dos negócios, além de soluções voltadas para Inovação e programas específicos para empreendedores.