A Prefeitura de Apucarana contratou uma série de mutirões para redução da fila de espera por consultas de especialidades. A meta é atender mais de mil pacientes em diversas áreas pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí (Cisvir). As medidas foram anunciadas pelo prefeito Rodolfo Mota durante prestação de contas da saúde na última quinta-feira.
Segundo o prefeito, já estão pactuados quatro mutirões em sequência aos sábados, sendo -o primeiro realizado hoje (31). São cerca de 300 pacientes por mutirão, totalizando cerca de 1,2 mil consultas. Os procedimentos são custeados com recurso de R$ 500 mil, anunciado no plano de 100 dias e que devem garantir a realização de 3 mil exames e 6 mil consultas.
Segundo o prefeito, a prefeitura já ofertou um mutirão no início do mês pelo Cisvir, quando atendeu 296 pessoas.
“Nós vamos atender pacientes que estão esperando, em média, por 3 a 4 anos, mas tem gente esperando por consulta desde 2019, 2020, coisa de seis anos. E vamos fazer isso porque voltamos a ter no Cisvir um parceiro estratégico”, comenta.
Segundo o prefeito, na gestão anterior, Apucarana não estava utilizando a estrutura do Cisvir. “Apucarana estava gastando com o Cisvir a mesma quantia que Marilândia do Sul. Isso não tem cabimento, uma vez que temos uma população quase vinte vezes maior”, afirma, acrescentando que a sede do consórcio fica em Apucarana. Neste ano, segundo o prefeito, foram realizadas 7,4 mil consultas e 5,4 mil exames de raio-x apenas via consórcio em mutirão e consultas de segunda a sexta.
Segundo o prefeito, em algumas especialidades, a fila de espera já foi zerada. “É claro que a saúde é uma demanda constante, com novos pedidos chegando a todo momento”, comenta.
Além de trabalhar para reduzir a fila de espera para as especialidades, a Prefeitura trabalha para tentar descobrir o tamanho dela. O prefeito Rodolfo Mota admite que a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) ainda não tem dados pormenorizados da fila de espera. “Esse número não existe”, afirma, acrescentando que sua equipe se deparou com mais de 100 mil guias de pedidos de exames e consultas estocados quando assumiu.
Segundo ele, desde o início de abril, a prefeitura começou a sistematizar a fila e alimentar o sistema online de consultas que, inclusive, foi promessa de campanha. Os novos procedimentos já são agendados direto no sistema, mas as guias em papel são incluídas manualmente.
“Faltam três especialidades para qualificar a fila. A guia no papel vai existir apenas se o paciente quiser, porque vamos unificar essas informações e, no futuro, nossa meta é mandar tudo para o celular do paciente, que vai poder ter acesso a quantas pessoas estão na mesma fila que ele, quantas estão na sua frente”, comenta. Segundo o prefeito, a estimativa é que entre 60 e 90 dias, a prefeitura finalize esse processo.