Apossibilidade de atualização do Plano Diretor de Apucarana foi um dos assuntos discutidos na sessão ordinária da Câmara de Vereadores realizada na tarde desta segunda-feira. O assunto veio à tona depois que o vereador de oposição, Lucas Ortiz Leugi (PP), disse ter ficado sabendo que a administração municipal estaria propondo em torno de 40 alterações no projeto original que foi revisado pelo Legislativo em 2018.
Lucas Leugi manifestou contrariedade em se fazer alterações agora, “a toque de caixa” segundo ele, num plano que foi bastante discutido em audiências públicas e também no plenário do Legislativo pelos vereadores até sua aprovação final. “Eu vejo que têm interesses escusos por trás disso tudo”, afirmou Leugi.
No entanto, alguns vereadores da situação defenderam a necessidade de se atualizar, sim, o Plano Diretor, tendo em vista o crescimento rápido da cidade nos últimos anos. Eles dizem ter recebido apelo de empresários e investidores do ramo imobiliário para que algo seja feito para permitir novos investimentos no município, o que hoje não seria possível dentro do projeto em vigor.
Para o presidente da Câmara, Luciano Molina (PL), “o Plano Diretor existente é bom e foi ótimo, porque destravou a cidade permitindo novos investimentos mobiliários verticais, assim como houve expansão da zona comercial”, conforme assinala. “Apucarana cresceu bastante e se tem que fazer alguns ajustes pontuais no Plano Diretor, isso pode ser discutido aqui na Câmara”, afirmou.
Molina observa que o mundo muda muito rapidamente. Ele lembra que na época que o Plano Diretor foi aprovado não havia, por exemplo, a internet 5G e a Inteligência Artificial. Desta forma, é possível sim discutir ajustes pontuais, talvez não fazer 40 alterações, mas aquelas que atendem ao desenvolvimento do município.
Mesma opinião manifestou o vereador Tiago Cordeiro de Lima (MDB), segundo quem o Plano Diretor atual é bom e foi muito discutido na época em que foi elaborado. “No entanto, no meio do caminho existem alguns problemas pontuais que podem ser corrigidos”, declarou.
O vereador Toninho Garcia (União Brasil) afirmou ter sido procurado por vários investidores querendo fazer loteamentos para chácaras de lazer, porém estão amarrados no Plano Diretor. Por isso ele defende que o plano sofra uma atualização.
Na sessão foram aprovados sete projetos em segundo turno, quatro deles que fazem adequação do Legislativo Municipal à Lei Geral de Proteção de Dados. Em primeiro turno foi aprovado projeto de lei dos vereadores Tiago Cordeiro de Lima (MDB) e Mauro Bertoli (União Brasil), que torna de utilidade pública a Equipe de Pedestrianismo Pé Vermelho. Também foi aprovado projeto do vereador Rodrigo Recife (União Brasil) que dispõe sobre o ordenamento territorial e funcionamento dos clubes de tiro.
Quatro propostas do vereador Moisés Tavares (Cidadania) foram retiradas de votação em função da sua ausência na sessão.