POLÍTICA

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Candidato do PSOL pretende ser braço de Lula no Senado

Aline Andrade

| Edição de 09 de setembro de 2022 | Atualizado em 09 de setembro de 2022

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Disputando uma vaga ao Senado Federal no Paraná pela primeira vez, o candidato Laerson Vidal Matias (PSOL) é mais um dos concorrentes a cargos eletivos no pleito deste ano entrevistados pela Tribuna do Norte/TNOnline. 

Ele afirma que quer ser o braço de Lula no Paraná e defende mudanças no modelo produtivo, reforma tributária e uma reformulação na Constituição no que diz respeito à educação.

Laerson é natural de São Miguel do Oeste, Santa Catarina, mas vive em Cascavel, região oeste do Paraná, desde 1985. Ele tem 59 anos, é casado e pai de quatro filhos. Acadêmico de Direito, o candidato é bancário, diretor do Sindicato dos Bancários de Cascavel e região, e presidente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no Paraná. 

O candidato ao Senado defende, basicamente, três principais propostas de atuação. O carro chefe de sua campanha é a implantação de um novo modelo produtivo para o campo e para a cidade. “O Paraná é um estado agrícola e o modelo do agronegócio já não atende mais às necessidades do campo, pois a proposta do agronegócio é a expansão das bases produtivas, e as fronteiras agrícolas paranaenses já não permitem mais avançar nesse modelo”, considera.

O segundo eixo de sua campanha é a reforma tributária, a fim de desonerar quem ganha até dois salários-mínimos. ““A política tributária nacional faz com que estes contribuintes gastem metade de seus ganhos apenas com impostos. Para compensar essa desoneração, defendo a tributação dos mais ricos por meio de impostos sobre fortunas”, disse

O terceiro eixo de sua campanha é a mudança nas regras de endividamento da União, Estados e Municípios. “A dívida pública compromete mais da metade de tudo que pagamos de impostos, e quanto mais pagamos mais a dívida cresce. Para evitar esses desvios e corrupção por meio de endividamento, é preciso que haja auditoria permanente nos contratos de dívida”, resume.

Outro destaque apontado pelo candidato é de uma mudança na Constituição no capítulo que diz respeito à educação. “É um absurdo que os brasileiros sejam tratados com tanta discriminação pelo orçamento por conta do local onde eles nascem. O salário do professor de ensino fundamental deve ser igual em todo o país, que o estado e o município entrem com 25% e a União garanta, com um grande projeto nacional de uma federalização, uma carreira nacional docente, para que todos os professores tenham o mesmo salário e todas as escolas recebam os mesmos investimentos”, defende.