POLÍTICA

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Lula se arrepende de considerar manifestações democráticas

Folhapress

| Edição de 13 de agosto de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em discurso na sexta-feira à noite que foi precipitado considerar como democráticas as manifestações que tomaram o País em junho de 2013.
Condenado em primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, o petista atacou o magistrado, procuradores da Operação Lava Jato e a imprensa. Disse que vai se candidatar em 2018 e que, caso eleito, fará “a regulação da mídia”.


“A Globo não suspendeu novela nem para transmitir enterro do Roberto Marinho (fundador da emissora). Naquela passeata, ela suspendeu a grade de novela para transmitir ao vivo uma grade do movimento social, sobretudo contra o governo Dilma”, disse Lula.
“Esse país não foi compreendido desde o que aconteceu em junho de 2013. Nós nos precipitamos ao achar que 2013 foi uma coisa democrática. Que o povo foi para a rua porque estava muito preocupado com aquela coisa do transporte coletivo”, declarou o ex-presidente.
Lula participou do “Ato pela Reconstrução do Estado Democrático de Direito” na Faculdade de Direito da UFRJ, no centro do Rio. Ele estava acompanhado de juristas e petistas críticos ao impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que também estava no evento.
“Nós não fizemos, e eu errei, quando não fizemos a regulação da mídia. Eles têm que saber que têm que trabalhar muito para não deixar eu voltar a ser candidato. Se eu for candidato, eu vou ganhar e vou fazer a regulação da mídia. [...] Não vou morrer até voltar a governar com vocês este país”, disse o petista.
O ex-presidente criticou a condução da Operação Lava Jato. Disse que a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal submetem suas decisões “ao que a Rede Globo quer que eles façam”.
“A Lava Jato não é um processo judicial. O pessoal que compõe a força-tarefa é um partido político”, afirmou ele.

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