POLÍTICA

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Mulheres lutam por mais espaços no cenário político

DA REDAÇÃO

| Edição de 08 de março de 2022 | Atualizado em 17 de março de 2022

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Dia 8 de março, muitas homenagens por conta do Dia da Mulher. Mais do que comemorações, mulheres reivindicam o reconhecimento como sujeitos de direito e não como uma subclasse numa sociedade ainda machista. Estruturalmente machista.

E a luta por mais espaços de poder e de decisão na sociedade faz muito sentido. Embora sejam 52% da população, num país com 522 anos, apenas muito recentemente conseguiram avançar em alguns direitos.
Por exemplo, as mulheres brasileiras do início do século 19 nem podiam estudar. Só em 1827 tiveram direito ao ensino primário, e mesmo assim não era igual ao currículo masculino. No máximo, aprendiam prendas domésticas. Apenas em 1932 adquiriram o direito de votar.
E até 1962 as mulheres casadas precisavam de autorização formal dos maridos para trabalhar. O código civil brasileiro de 1916 via a mulher como um ser incapaz de realizar determinadas tarefas.
Até a Constituição de 1988, a atual, uma mulher que morasse na zona rural não tinha acesso (direito) a qualquer benefício previdenciário, como aposentadoria. No máximo, ela conseguia meia pensão e, em caso da morte do marido.
Uma das importantes lutas das mulheres, no entanto, é a luta por mais espaços no universo político. Lembrando que o voto feminino só tem 90 anos de história, desde quando entrou em vigor, em 1932, o Código Eleitoral Brasileiro. É uma luta por espaço, por respeito, e contra todas as formas de violência, inclusive de violência política. É o que dizem as deputadas estaduais Mabel Canto (PSC), Luciana Rafagnin (PT) e Cristina Silvestri (CDN), além da vereadora Jossuela Pirelli (PROS), de Apucarana.
Jossuela diz que esses 90 anos do voto feminino no Brasil “colocam em evidência uma parte da história das mulheres e algo importantíssimo a ser lembrado: a vida das mulheres na política nunca foi fácil e, até hoje, é um desafio imenso para elas existirem e resistirem na vida pública”. Segundo ela, que é procuradora da mulher na Câmara de Apucarana, “uma das partes mais importantes do meu trabalho é ampliar os instrumentos disponíveis na sociedade para que as mulheres possam viver uma vida livre de violência. E isso inclui o combate à violência política, que insiste em nos excluir dos espaços públicos para que nossas vozes não sejam ouvidas”, diz.