Com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de ontem mais uma etapa da operação Ronda Agro. Três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal foram cumpridos pela em Arapongas, onde investigações apontam que duas empresas estariam fabricando e comercializando suplementos alimentícios e produtos terapêuticos para animais, especialmente bovinos, sem o registro junto ao Ministério da Agricultura.
Para simular a regularidade da produção, as empresas utilizaram selos de registro falsos, supostamente emitidos pelo Mapa, e comercializavam os produtos principalmente por meio da internet, diretamente aos produtores rurais. Ambas as empresas estão sediadas formalmente em endereços residenciais, havendo indícios de que sejam empresas de fachada. Também há indícios de que os insumos utilizados na fabricação dos produtos sejam de origem estrangeira, importados clandestinamente.
Durante as buscas foram encontrados insumos para fabricação dos produtos, bem como equipamentos utilizados no processo de produção e embalagens.
Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de falsificação ou adulteração de produtos alimentícios ou medicinais e de falsificação de selo ou sinal público, cujas penas máximas, somadas, podem chegar a 29 anos de prisão.