BLOGS E COLUNAS

min de leitura - #

A política que nos une: do local ao nacional

Da Redação

| Edição de 09 de janeiro de 2025 | Atualizado em 09 de janeiro de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Muito se fala sobre política nacional, sobre Brasília, ministros e decisões que impactam todo o país. Mas, com frequência, esquecemos que a política começa em nossa rua, em nosso bairro, em nossa cidade. É no campo local que a vida acontece e onde temos a oportunidade mais direta de transformar realidades.

A política, em sua essência, é a organização da vida em sociedade. Ela nos ajuda a decidir como queremos viver, o que priorizar, e como utilizar recursos coletivos para o bem comum. Contudo, essa definição simples é muitas vezes ofuscada por escândalos, polarizações e discursos que nos afastam do que realmente importa: o impacto que as decisões políticas têm sobre nosso cotidiano.

Quando pensamos em saúde, educação, transporte, moradia e emprego, percebemos que a política local é a grande protagonista. É na Câmara Municipal que as demandas da comunidade podem ser ouvidas. É na prefeitura que as políticas públicas ganham forma. Ainda assim, as decisões locais estão profundamente conectadas ao cenário nacional. Recursos, legislações e prioridades estabelecidas pelo governo federal influenciam diretamente o que é possível fazer em cada município.

Essa interdependência nos ensina que a política nacional e a local não são rivais ou separadas, mas complementares. Para que as grandes mudanças aconteçam, precisamos fortalecer as pequenas ações. Uma cidade bem administrada, com cidadãos engajados, inspira outras. Um país justo, por sua vez, começa em municípios que cuidam bem de sua população.

Por isso, votar conscientemente, participar das discussões e acompanhar os resultados é um dever de todos nós. Afinal, política não é sobre “eles”. Política é sobre “nós”.

Ao refletirmos sobre nosso papel, percebemos que a verdadeira transformação começa quando deixamos de lado a descrença e assumimos a responsabilidade de construir o país em que queremos viver, tijolo por tijolo, bairro por bairro, cidade por cidade.

É por isso que, ao olhar para Apucarana, vejo uma cidade com potencial para oferecer mais dignidade e qualidade de vida. Temos três hospitais, mas apenas o Providência está funcionando, e ainda enfrenta desafios que afetam diretamente nossa população. Chegou a hora de realizarmos uma auditoria no Providência para identificar seus reais problemas e buscarmos soluções. Além disso, é fundamental que os outros dois hospitais sejam reativados e que o UPA e as UBS funcionem plenamente, garantindo o atendimento que nossa comunidade merece. Se o remédio vem de fora, tem que chegar no destino, se está aqui, tem que estar disponível na mão do médico. Chega de cobrar do médico e do atendente o que vem de cima. Lembrando que não é só o prefeito ou vereadores, temos que aprender de onde vem cada coisa e fazer os nossos direitos valerem.

Essas ações não são apenas uma missão nacional, mas também um dever local, especialmente dos vereadores. Cabe a eles fiscalizar, acompanhar o destino das verbas públicas e garantir que cada recurso investido cumpra seu propósito. Apucarana é nossa casa, e cuidar dela, especialmente na área da saúde, é um compromisso que devemos assumir com seriedade e responsabilidade. Política não é sobre “eles”; é sobre todos nós, construindo juntos uma cidade mais justa e digna para viver.