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Imbróglio dos hospitais em Apucarana

Da Redação

| Edição de 30 de setembro de 2024 | Atualizado em 30 de setembro de 2024

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O trunfo de dois candidatos a prefeito de Apucarana, Paulo Vital (PL) e Recife (MDB) é o mesmo: hospitais. Enquanto Paulo comemora a inauguração do Hospital da Acea, antigo Hospital do Coração, o candidato Recife trabalha com o Hospital de Apucarana, bancado pela Prefeitura, ainda sem data de inauguração e com obras sendo finalizadas. Mas há um imbróglio para cada um deles: o Hospital da Acea corre o risco de ser paralisado por uma recomendação do Ministério Público, por falta de alvará e licença sanitária, conforme alega o promotor Fabrício Drumond Monteiro. Já o Hospital de Apucarana dificilmente abrirá suas portas até o dia da eleição. Pode até abrir, porém o atendimento ao público ainda deve demorar um pouco mais.

Pagando para votar

Antigamente, de modo especial no Nordeste, os chamados “coronéis” da política pagavam para o eleitor votar no candidato por eles patrocinado e ai de quem não cumprisse o combinado. Hoje, é verdade, ainda existe candidato que compra voto, mas em escala menor. Afinal, depois que foi estabelecido o fundo partidário quem paga as campanhas dos candidatos é o próprio povo. Não existe dinheiro público, existe o dinheiro do público. Em resumo, na atualidade, o povo paga para votar em seu candidato. Nesta eleição de 2024, por exemplo, são nada menos do que R$ 5 bilhões do dinheiro do contribuinte para bancar a campanha política.

Acompanhamento diário

O candidato a prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil) tem acompanhamento diário da intenção de voto do eleitor, através do chamado tracking feito pelo Instituto Multicultural, de Londrina. Ao que se sabe é o único candidato local que faz esse tracking diário, um tipo de pesquisa por telefone com variação das pessoas entrevistadas, para evitar sempre os mesmos. Em uma campanha política, estar sempre municiado de pesquisas é fundamental, seja ela diária ou semanal. Tem quem não dê importância para esse acompanhamento, alegando que o que vale é a pesquisa da urna. Até porque, pesquisa é o retrato do momento em que é realizada. Mas, se bem feita, reflete uma tendência de voto.

Presidência da Câmara

A partir da segunda-feira, dia 7, finda a eleição começa uma outra disputa: a presidência da Câmara Municipal de Apucarana. Os primeiros a se lançar candidatos são os vereadores reeleitos, por se considerarem mais experientes e preparados do que os novatos. No entanto, vai depender primeiro de qual grupo vai ter a maioria, ou pelo menos seis votos. O prefeito eleito, seja qual for, nesta primeira eleição não vai ter tanta influência se a maioria eleita não for de seu lado. Para que a força não fique concentrada em um só poder, importante a Câmara ter um presidente independente do prefeito eleito para que haja correlação de forças entre Executivo e Legislativo, sem, entretanto, prejudicar a cidade.

Força de Arapongas

Os dois candidatos a prefeito de Arapongas, Rafael Cita (PSD) e Jair Milani (PL) estão mostrando força em relação às lideranças que os apoiam nesta campanha. Jair Milani, por exemplo, conseguiu a façanha de levar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Arapongas para uma carreata e um comício a seu favor. Já o candidato Rafael Cita conseguiu levar à cidade o apresentador Ratinho e o próprio filho dele, o governador Ratinho Junior (PSD), ambos em momentos e dias diferentes. O feito tem que ser ressaltado porque tanto o Ratinho pai como o Ratinho filho têm evitado campanhas em cidades de porte médio, priorizando a capital Curitiba e as grandes cidades do interior, onde a eleição pode ser disputada em dois turnos.