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Urna nova e eleição ligeira

Da Redação

| Edição de 25 de setembro de 2024 | Atualizado em 25 de setembro de 2024

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Na reta final da campanha eleitoral, não são apenas os candidatos que aceleram. A Justiça Eleitoral também está finalizando os preparativos para as eleições de 6 de outubro. Nesta semana, as urnas estão sendo carregadas e lacradas, ficando prontas para o transporte no local de votação. Em algumas comarcas, o trabalho já está praticamente encerrado. Apesar do processo ser aberto ao público em geral, enfatizando a transparência do processo eleitoral - a Justiça inclusive incentiva que a população faça esse acompanhamento - , poucos são os eleitores que se interessam em ver de perto o processo. Vez ou outra, surge um representante de partido para acompanhar o processo, mas é raro. Neste pleito uma das novidades é que muitas das cidades da região terão urnas do modelo 2022, o mais moderno em atividade. Com urnas novas e apenas dois votos: vereador e prefeito, a eleição deve correr rápido.

Dinheiro privado

O deputado federal Beto Preto (PSD) esclareceu ontem que não houve aporte de dinheiro público na reforma do Hospital da Acea. Segundo ele, todo o investimento foi de iniciativa privada, através do Instituto Santa Clara que vai administrar a unidade hospitalar. O que existe é um convênio entre o governo estadual e vários hospitais privados, dentro do programa Opera Paraná. O Hospital da Acea deve receber de R$ 12 milhões a R$ 14 milhões por ano para bancar cirurgias eletivas, tanto para moradores de Apucarana como também da região. Já o investimento privado nesta primeira etapa foi de quase R$ 14 milhões e, segundo Beto Preto, este valor deve se elevar muito nas próximas etapas.

Vereador livrando

No começo da campanha política os candidatos a vereador faziam questão de distribuir os famosos santinhos com sua foto e também do candidato a prefeito de sua coligação. Nos últimos dias, no entanto, o que se vê são muitos candidatos à vereança fazendo campanha solteira, deixando por conta do eleitor a escolha do prefeito que lhe aprouver. Um desses candidatos, veterano na política, disse ontem: “não vou perder voto por forçar candidato a prefeito do meu partido, estou preocupado com minha eleição”. É muito comum em eleição municipal, na reta final, o candidato a vereador descolar de seu candidato a prefeito ao perceber que adversário está mais forte.

O dia seguinte

Passada a eleição, contados os votos e declarado o nome do vencedor, o prefeito eleito passa a correr contra o tempo para montar sua equipe de trabalho, discutir a transição com o atual alcaide e se preocupar com a folha de pagamento de janeiro de 2025 e, em alguns casos, até com a folha de dezembro de 2024. Dependendo do município, isso pode representar um alto valor a ser dispendido e dramático se o caixa estiver zerado. Outro grande problema para o prefeito que vai assumir é que janeiro geralmente é um dos meses de menor arrecadação, contando unicamente com repasses do Governo Federal e do Governo Estadual. Arrecadação direta quase inexistente.

Interesse longe

Um fenômeno vem acontecendo nesta eleição municipal, principalmente em rodinhas de bares e restaurantes. Ao invés de se discutir a eleição da cidade o pessoal discute a eleição de São Paulo, onde sobrou cadeirada, soco e xingamentos a torto e direito nos vários debates. O nome mais comentado nessas rodas é do candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, o coach Pablo Marçal, o motivo de todo interesse despertado pela eleição paulistana no país. Pablo tem feito a diferença ao provocar adversários, usar apelidos pejorativos e até desafiá-los para briga. Os debates em São Paulo viraram uma atração à parte. Um verdadeiro espetáculo.