Uma Audiência Pública realizada pelo Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná (ITCG) deu início nesta semana ao processo de regularização de propriedades de pequenos produtores de Marilândia do Sul, Norte do Estado. Eles ocupam terras particulares (usucapião) e a regularização se dará por meio do PróRural (Programa de Desenvolvimento Econômico e Territorial – Cidadania e Renda no Campo), desenvolvido pelo Governo do Estado.
A estimativa é beneficiar 70 famílias do município que não possuem o documento definitivo de suas propriedades.
O diretor-presidente do ITCG, Amilcar Cabral, explicou como funciona o programa e quem pode participar. “Com a titularidade da terra, as famílias têm condições de se tornarem mais produtivas, uma vez que poderão ter acesso a políticas públicas de crédito, previdenciária e habitacional, saindo da limitação de investimentos e, ainda, tendo a cidadania reconhecida”, disse Cabral.
O trabalho do PróRural em mais essa localidade representa uma grande oportunidade para os produtores, pois sem o programa eles não teriam condições de arcar com as despesas da regularização, como mapeamento, medição de terreno e contratação de advogado para ajuizamento de ação.
O pequeno agricultor Damarino Rodriguez vem tentando regularizar a propriedade desde 2010 e falou sobre as dificuldades de não ter a matrícula. “A matrícula é necessária para a maioria das coisas. Se não tem a terra no nome da gente não consegue fazer nada”, disse ele
A audiência em Marilândia do Sul foi a a terceira realizada pelo ITCG em 2018. As anteriores foram em Rosário do Ivaí e Palmeira. Foi, também, a décima primeira realizada desde maio de 2017, o que significa atendimento para mais de 2.000 famílias.
A identificação dos agricultores que poderão ser beneficiados pelo Programa é feita pela Emater e secretarias municipais de Agricultura, em conjunto com as prefeituras. O ITCG realiza o cadastro e levantamento da documentação (mapas, memoriais descritivos e Anotação de Responsabilidade Técnica) para que sejam ajuizadas as ações pela Defensoria Pública e Tribunal de Justiça do Paraná/Programa Justiça no Bairro.Com esse trabalho, os custos da titulação, que seriam pagos pelos beneficiários, são 100% cobertos pelo Programa. (EDITORIA DE CIDADES)
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