Com foco na recuperação da economia dos impactos da pandemia, a Fomento Paraná contabilizou 22.470 empreendimentos atendidos desde 27 de março até a última segunda-feira pelo programa Paraná Recupera, com a liberação de R$ 148,1 milhões. Apucarana foi um dos municípios que mais se destacaram na concretização de operação de crédito. Até julho, a cidade formalizou 1.228 contratos, totalizando repasses de R$ 5,7 milhões. Apenas Curitiba, com 1.951 contratos e R$ 9,6 milhões, e Foz do Iguaçu, com 1.592 contratos e R$ 7,9 milhões, tiveram desempenho melhor.
“O Governo do Paraná demonstrou muita preocupação com os pequenos e micro produtores. Aqui em Apucarana montamos um esquema de atendimento para ajudar e facilitar as pessoas a chegarem até a linha de crédito. Praticamente montamos uma agência bancária no saguão da prefeitura”, explica a secretária da Fazenda de Apucarana, Sueli Aparecida de Freitas Pereira.
Entre os atrativos da operação disponibilizada pela Fomento estão a taxa de juros fixa de 0,41% ao mês, sem cobrança de tarifa de concessão de crédito nem Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O comerciante Antônio Fernandes da Silva destaca também outro ponto, que é a facilidade para a concretização do empréstimo. “Foi super rápido, em três, quatro dias o dinheiro já estava na conta. Peguei R$ 6 mil em três parcelas mensais de R$ 2 mil cada uma, dinheiro que serviu como capital de giro”, conta ele, que há 20 anos vende doces na cidade. “Pago aluguel, água e luz. Se não fosse esse crédito, certamente teria de fechar a loja”, diz.
A operação ajudou a esteticista Simone de Fátima Rocha, também de Apucarana, não só driblar a ausência de clientes em virtude do vírus, mas também a expandir os negócios. Os R$ 6 mil requisitados junto à Fomento Paraná permitiram a ela abrir um spa urbano dentro da clínica de estética. “Consegui ter mais espaço e pude chamar mais gente para trabalhar”, afirma.
Passada a fase mais aguda de redução das atividades econômicas, a Fomento Paraná está retomando a oferta de crédito e microcrédito para projetos de investimento, como obras de construção e reformas, compra de máquinas e equipamentos e também projetos de inovação.
“Nos últimos cinco meses nosso foco de atuação estava voltado a fornecer capital de giro para ajudar os empreendedores a manter os negócios ativos. Agora precisamos focar na retomada da economia. Fornecer crédito para investimento é nossa principal vocação como agência de fomento, porque o investimento está ligado a projetos de longo prazo, que movem as cadeias produtivas e induzem a geração de empregos e o incremento da renda, explica Wellington Dalmaz, diretor de Operações do Setor Público e presidente interino da Fomento Paraná.
Com as novas perspectivas, a instituição alterou também os limites de valores financiáveis, que desde março estavam restritos a operações de capital de giro de até R$ 200 mil, visando principalmente o pagamento de salários para manutenção de empregos.
“Estamos reabrindo a possibilidade de financiar projetos de investimento de até R$ 1,5 milhão e ampliamos as operações de capital de giro para até R$ 500 mil, nas condições pré-pandemia”, afirma Dalmaz. “As exceções são a linha Fomento Turismo, que permitirá atender projetos de investimento de até R$ 2 milhões, e as linhas de inovação, que recebem recursos da FINEP, que terão limite operacional de até R