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Apucarana e Arapongas produzem R$ 11 bi anuais

Cindy Santos

| Edição de 14 de junho de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A produção industrial e agropecuária de Apucarana e Arapongas soma mais de R$ 11 bilhões anuais. Os dados inéditos, divulgados no relatório da Metrópole Paraná Norte, que analisou o comportamento comercial dos municípios da região, ainda apontam que maior parte do volume produzido nos dois municípios vai para o mercado estadual. 

Imagem ilustrativa da imagem Apucarana e Arapongas produzem R$ 11 bi anuais

Em 2018, a produção total de Apucarana ultrapassou a ordem de R$ 4 bilhões. Para o mercado estadual foram destinados mais de R$ 1,5 bilhão (3,8%) da produção, seguido pelo nacional com R$ 1 bilhão (25,5%). Parte  dos produtos, R$ 665 milhões (16,4%), foi direcionada ao comércio do próprio município e R$ 667 milhões (16,48%) para outras cidades da região. De acordo com o relatório, a participação no mercado internacional foi de R$ 149,5 milhões (3,69%). 
O economista Paulo Cruz, que é professor da Unespar, analisa que a forte atuação de Apucarana no mercado estadual e sua importante configuração no mercado nacional se deve a atuação de algumas das principais empresas do setor de bonés e confecções. “Estas empresas possuem mercados amplos em quase todas as esferas estaduais da federação dada a importância de segmento de sua produção”, observa. 
Na avaliação do especialista, Apucarana demonstra importância no mercado internacional, embora de menor relevância. “Firmar-se no mercado internacional é para poucas empresas, é preciso mostrar competitividade afinada com o padrão internacional. Em função disso, a atuação das empresas de Apucarana no mercado internacional é menor do que nas esferas estadual e nacional, mas muito relevante”, comenta. 
O presidente da Associação Comercial de Apucarana (Acia) Jayme Leonel destaca que o município possui uma interessante diversificação de indústrias, com destaque para o setor de vestuário. “O vestuário absorve maior parte da mão de obra produtiva. Além da reconhecida produção de bonés, atualmente observamos plantas industriais voltadas para camisetas, jeans, uniformes, modinha e artigo infantis”, comenta. 
Sobre o baixo índice de exportação, Leonel frisa que a produção das indústrias apucaranenses está voltada ao mercado interno brasileiro. “Existe muita dificuldade para alcançar o mercado externo. Para esse segmento registra-se que ainda falta uma certa cultura exportadora”, observa. 
De modo geral, o empresário avalia o potencial econômico do município com otimismo, destacando que a localização geográfica e o sistema rodoferroviário oferecem excelente condições logísticas. “Embora estejamos passando por momentos de crise, temos um excelente parque industrial instalado e recentemente começa a evoluir o Parque Industrial da Juruba que deverá abrigar industrias de todos os segmentos com um conceito moderno”, conclui. 
O estudo do governo do estado mapeou todos os municípios que integram o eixo Londrina/Maringá, incluindo Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari e Marialva (ver quadro nesta página).

Força no mercado nacional
Segundo o estudo, a produção gerada em Arapongas atingiu R$ 7 bilhões no ano passado. O município também tem forte participação no comércio estadual, para onde o destinou metade da produção:  R$ 3,5 bilhões. O mercado local recebeu R$ 1,4 bilhão (20,6%) da produção, enquanto R$ 822 milhões (11,66%) foram destinados aos municípios da região. A nível nacional, pouco mais de R$ 1 bilhão (14,7%) e internacional R$ 893 milhões (2,9%).
Segundo o economista Paulo Cruz, a forte participação de Arapongas no mercado estadual e nacional, está relacionada a produção da indústria moveleira. “Embora os produtos sejam de amplo consumo nacional, as empresas têm seu foco principal no estado”, comenta. 
Além do setor de móveis, Cruz destaca que o município tem empresas importantes de outros segmentos, que atuam no mercado nacional. “São empresas e subsidiárias de insumos para a agricultura que também sustentam a significativa arrecadação para o município araponguense”, afirma o especialista.