O caderno de prognóstico foi entregue por Humberto Pullin, diretor da empresa Pullin Consult, responsável pela elaboração do estudo. Para o prefeito, esse é o maior diagnóstico de planejamento urbano de Apucarana já realizado desde a década de 80. “Apucarana surgiu como um dos resultados da colonização da Companhia de Terras, visando ser somente um entreposto comercial para os proprietários rurais. Se esta visão se mantivesse, Apucarana seria uma cidade com cerca de 25 mil habitantes, mas ela foi alçada como a terceira maior cidade da região Norte do Paraná, atrás apenas de Londrina e Maringá”, avalia.
De acordo com o prefeito, o Município possui quatro grandes obstáculos urbanos, que são duas rodovias e duas ferrovias. “Apucarana precisa aprender a conviver com os obstáculos urbanos, gerando maior fluidez, mais transposições ferroviárias, mais ligações interbairros e pontos de conversão. Na década de 80 houve um movimento forte de planejamento, mas recentemente Apucarana foi tocada de modo empírico”, analisa.
Seguindo diretrizes da legislação federal e com o desenvolvimento do Município, Apucarana vem promovendo ao longo do tempo atualizações em leis, como a do Plano Diretor que passa por revisões periódicas.
Beto Preto lembra que o Plano Municipal de Mobilidade Urbana (PlanMob) é uma exigência da Lei Federal nº 12.587/12, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana. “O trabalho iniciou em março com a realização de um workshop com os principais agentes que lidam com a mobilidade urbana no Município. Também foi realizada uma audiência pública que colheu as sugestões da população e agora vamos elaborar o projeto de lei que será, junto com o estudo entregue hoje, encaminhado para a Câmara de Vereadores”, frisa.
O diretor da Pullin Consult afirma que anteriormente já havia entregue ao prefeito de Apucarana o caderno de diagnóstico e agora, finalizando o trabalho, foi repassado o caderno de prognóstico, contendo 300 páginas. “São sugestões que estão sendo apresentadas para o convívio harmonioso das pessoas no meio urbano, objetivando a segurança, fluidez e acessibilidade”, reitera.
O prognóstico prevê ações a curto (5 anos), médio (10 anos) e longo prazo (20 anos). “O estudo apresenta cenários e proposições, considerando o pedestre, o automóvel, a motocicleta e o ônibus. Os usuários deste sistema interagem e, em determinado momento, são pedestres, passageiros ou motoristas”, observa.