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Apucarana vai reformar Bosque para retomar licença do Ibama

Da Redação

| Edição de 02 de outubro de 2025 | Atualizado em 02 de outubro de 2025

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O prefeito Rodolfo Mota assinou ontem, no Bosque Municipal, ordem de serviço para construção de 11 novos viveiros. O investimento é de R$ 341,5 mil, com recursos municipais. Na mesma solenidade, o prefeito também autorizou obras de alargamento de calçadas entre os ambientes, criando uma rota acessível para pessoas com deficiência, melhorias que serão executadas pela equipe da Secretaria Municipal de Obras. As melhorias fazem parte de projeto de reestruturação do local visando obtenção de licença federal para que o bosque volte a ser autorizado a resgatar e recuperar animais silvestres.

“Este é um espaço muito querido e especial para a nossa cidade, que faz parte da memória de muitas famílias apucaranenses. Desde janeiro, quando assumimos a gestão, já realizamos melhorias emergenciais, mas sabíamos que era preciso avançar. Elaboramos o projeto, realizamos a licitação e agora estamos investindo quase R$ 350 mil. Esta é a segunda de três etapas que planejamos para o resgate histórico do nosso bosque, e queremos entregar este espaço renovado ainda neste ano”, afirmou o prefeito. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o bosque já recebeu 22 mil visitantes no ano.

Devido o início das obras de calçamento, a partir de segunda-feira o local ficará fechado por 15 dias para garantir a segurança dos visitantes. Segundo secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Silva, o investimento vai mudar a estrutura do espaço. “São viveiros totalmente novos, mais adequados e modernos, que, junto ao corredor de acessibilidade, vão transformar o bosque, como exige o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente)”, destacou o secretário.

A prefeitura quer recuperar a licença federal e resgatar espécies da fauna local. “Estamos cumprindo todas as exigências legais para que possamos novamente receber araras e outros animais silvestres. É um resgate histórico, como bem colocou o prefeito Rodolfo Mota, que vem sendo construído desde o início do ano”, disse o secretário, ressaltando que as novas estruturas metálicas vão garantir melhores condições de abrigo e bem-estar animal.

Local já funcionou como centro de recuperação

Por 12 anos - entre 2005 e 2017, com o nome de “Parque das Aves”, o local abrigou centenas de animais da fauna brasileira, com destaques às araras. Também era um local de referência de reabilitação de animais resgatados que recebiam tratamento e, uma vez recuperados, eram reintegrados à natureza.

Por força da mudança da legislação, em que o Ibama, exigiu à época que o espaço atendesse às mesmas normas de zoológicos, com ampliações de viveiros, recuos em corrimões e implantação de ambulatório veterinário, e a indisponibilidade de recursos municipais, o local foi fechado e os animais removidos para outros parques e criadores credenciados pelo órgão federal. Na ocasião, o bosque comportava 130 animais de 30 espécies diferentes. Atualmente, o local abriga coelhos, perus, faisões, pavões, calopsitas e pássaros diversos, macacos-prego e galinhas exóticas.