Um antiquário particular. É mais ou menos assim que o empresário apucaranense Vlamir Stabile Lopes, de 59 anos, classifica sua coleção de memórias e lembranças. Apaixonado por antiguidades de todos os tipos, ele transformou um imóvel pertencente à família em um pequeno museu. O acervo conta com 5 mil peças.
O empresário contou que sempre gostou de coisas antigas, tinha fascínio em arrumar os objetos e vê-los funcionando desde muito novo. Com essa paixão, ele começou a colecionar itens.
“Comecei há muitos anos. O que era lixo para meus primos era luxo para mim. Eu pegava autorama, arrumava. Eu sempre tive o gosto de fazer funcionar, fazer ficar perfeito. Aí meus amigos descobriram que eu gostava dessas coisas e começaram a trazer presentes”, relembrou.
No espaço pode-se encontrar de tudo um pouco. A enorme coleção de objetos antigos é composta por discos, bicicletas, máquinas de escrever, câmeras fotográficas, brinquedos e uma variedade de peças que chama a atenção de qualquer um que visita o local. “Por tudo que tenho aqui, eu sou eclético, tenho um pouco de tudo aqui, desde tênis até um aparelho de som muito bonito que foi da Hebe Camargo”, explicou.
Grande parte dos eletrônicos que fazem parte do acervo do empresário funcionam.
Entre as peças de valor afetivo, o colecionador, que é torcedor palmeirense fervoroso contou orgulhoso que ganhou do filho o assento do antigo Parque Antárctica, assinado por Ademir da Guia, craque antigo do Palmeiras.
Ele tem também um rádio especial. Tenho uma peça aqui no meu espaço que remete à minha infância: me lembro do meu pai escutar o jogo do, palmeiras em um rádio da marca Zilomac, e durante anos e anos procurei por um parecido com o que o meu pai tinha, até encontrar um em Minas Gerais, fiquei extremamente feliz e agradecido de consegui comprar um rádio parecido,” contou, emocionado.
O acervo do empresário não é aberto à visitação para todos; conhecer o local é para poucas pessoas. “Você será a 1576ª pessoa a conhecer meu acervo; vai assinar um livro de presença que tem aqui. Eu não abro para todo mundo por segurança; todas as peças que estão aqui são todas catalogadas, e sabemos a procedência de cada uma” finalizou. (LIS KATO)