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Auxílio Emergencial libera R$ 307 milhões na região

DA REDAÇÃO

| Edição de 27 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O auxílio emergencial já injetou mais de R$ 307 milhões nos 27 municípios da região. Dados do Ministério da Cidadania apontam que nas cinco maiores cidades: Apucarana, Arapongas, Ivaiporã, Faxinal e Jandaia do Sul foram liberados quase R$ 204 milhões para 87,2 mil trabalhadores informais. O subsídio do Governo Federal, criado para assegurar renda mínima de R$ 600 a pessoas em vulnerabilidade durante a pandemia da Covid-19. Ontem, a Caixa Econômica Federal (CEF) liberou uma nova parcela, porém os dados ainda não foram atualizados no site do Ministério da Cidadania. Na avaliação de especialistas, os recursos estão ajudando a amortizar os impactos negativos gerados na economia pela crise do novo coronavírus. 

O economista Marcelo Vargas, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) campus Apucarana, calcula que sem o complemento a economia poderia ter um tombo ainda maior. “É um auxilio muito importante para salvar não só as pessoas vulneráveis, mas também a economia dos municípios, independentemente se grandes ou pequenos. O governo estourou seu orçamento para poder pagar esse o benefício, mas é o que está ajudando as pessoas a se alimentarem, pois, a maioria avassaladora usa esse dinheiro para comprar comida, então considero importantíssimo”, assinala. 
Na avaliação do economista, os efeitos causados pela liberação da ajuda financeira vão além da manutenção da renda da população. De acordo com Vargas, o dinheiro retorna aos cofres públicos por meio da arrecadação de impostos, o que pode refletir em uma queda menor do produto Interno Bruto (PIB). “A economia é um ciclo e esse valor voltará para o governo, porque as pessoas estão comprando comida e uma parte do valor do alimento é imposto. Consequentemente, vai ajudar a salvar um pouco o PIB no sentido de ficar menos negativo, porque todos os números indicam que ficará negativo”, analisa. 
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou que auxílio-emergencial será prorrogado até dezembro. A tendência é que o valor seja reduzido para R$ 300. Na opinião do economista, o governo planeja diminuir o valor do benefício para aliviar o orçamento e também porque notou uma retomada econômica, a passos curtos. “Acho que enquanto não surgir uma solução definitiva para o coronavírus, o governo terá de criar auxílios, subsídios e dar incentivos para o comércio contratar mais, vender mais. Terá de buscar outros mecanismos para incentivar a economia. Até dezembro é o mínimo, mas tem que pensar nisso lá na frente também”, opina.