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Caminhoneiros bloqueiam quatro rodovias na região

Cindy Annielli

| Edição de 10 de novembro de 2015 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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Caminhoneiros retomaram a greve na manhã de ontem e bloquearam diversos trechos de rodovias da região e em pelo menos 13 Estados. No Paraná, segundo última estimativa das polícias Rodoviária Federal (PRF) e Estadual (PRE), divulgada no início da noite de ontem já eram mais de 20 pontos de bloqueio em rodovias estaduais e federais. Na região de Apucarana e Vale do Ivaí, caminhoneiros interromperam tráfego de caminhões em quatro rodovias: BR-376, BR-369, PR-218 e PR-466. Ontem, até às 17 horas, mais de 100 veículos de carga estavam estacionados no pátio de uma empresa às margens da BR-376, em Apucarana, por conta da interdição.

Imagem ilustrativa da imagem Caminhoneiros bloqueiam quatro rodovias na região

Apenas os veículos de carga estão impedidos de seguir viagem: carros de passeio, emergência e ônibus foram liberados pelos manifestantes. As polícias Rodoviária Federal e Estadual informaram que estão monitorando a paralisação e, até o fechamento desta edição, não havia registro de tumulto. As lideranças locais da categoria afirmam que a greve prossegue por tempo indeterminado até que a presidente Dilma Rousseff deixe o cargo.

Na região, houve um segundo bloqueio na BR-376 em Marilândia do Sul, próximo ao Distrito de Leão do Norte, contudo a passagem foi liberada por volta das 14 horas, segundo informações do movimento.

Em Arapongas, manifestantes bloquearam a PR-218 parcialmente, na altura do km-277, na saída para Astorga. Por volta das 9 horas, pontos foram bloqueados na PR-466 em Jardim Alegre e também em Manoel Ribas. Ontem, haviam pontos de bloqueio em Londrina, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, entre outros. Por volta das 17 horas, manifestantes também fecharam passagem para caminhões na BR-369, perto do pedágio de Arapongas.

A PRF informou que equipes acompanham a movimentação. “Ainda não houve registro de problemas adicionais como tumultos ou desentendimentos. A PRF segue monitorando”, afirmou Sérgio Oliveira, chefe do Núcleo de Policiamento da PRF de Londrina.

A paralisação foi organizada pelo Comando Nacional do Transporte, que convocou caminhoneiros por meio das redes sociais. Apesar do movimento apontar uma pauta de reivindicações – como frete mínimo - lideranças do movimento assumem que o objetivo maior desta greve é pressionar a renúncia da presidente Dilma Rousseff, motivo que levou o grupo a pedir apoio à população.

“Os bloqueios continuam por tempo indeterminado enquanto a presidente não renunciar o cargo”, afirmou André Gustavo Ferreira, representante do movimento em Apucarana, acrescentando que a greve não é somente dos caminhoneiros, mas de toda a população.

A paralisação em Apucarana teve adesão de muitos caminhoneiros. “Vim apoiar para que a nossa situação e a do Brasil inteiro melhore. Acredito que se a Dilma deixar a presidência muita coisa vai melhorar”, assinalou o caminhoneiro Olavo Goes, 60 anos.

O caminhoneiro Renan Wiliam Chiarelli, 24 anos, lembrou que o Governo Federal não atendeu a pauta reivindicações da categoria nas greves anteriores, o que causou revolta e indignação. “Estamos pagando para trabalhar. O valor do frete está defasado, combustível muito caro, sem contar o pedágio que está cada vez mais caro. Não tem condições de trabalhar assim”, reclamou.