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Casos de HIV aumentam 40% e geram alerta em Apucarana

Fernando Klein

| Edição de 26 de julho de 2022 | Atualizado em 26 de julho de 2022
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e geram alerta em Apucarana

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Apucarana registrou alta de 40% no número de casos de HIV (sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana) entre janeiro e julho deste ano na comparação com o mesmo período de 2021.

Segundo dados do Núcleo de Aconselhamento, Testagem e Tratamento de Apucarana (Natta), o município confirmou 28 casos até esta terça-feira (26) contra 20 diagnósticos nos sete primeiros meses do ano passado. Cerca de 480 pessoas estão em tratamento apenas em Apucarana.

A diretora do Natta, Gisele Mara da Silveira, avalia com preocupação o avanço da doença. Segundo ela, o crescimento de casos confirmados está diretamente ligado à pandemia de covid-19. Isso porque muitas pessoas deixaram de fazer os testes rápidos e, agora, com o fim das restrições de circulação, voltaram aos postos de saúde e ao Natta para a realização do exame (o resultado sai em até 30 minutos). 

A procura caiu pela metade por conta da covid-19, segundo a diretora do Natta. “A nossa média é, atualmente, de 350 a 400 testes rápidos por mês. Durante a pandemia, realizávamos cerca de 200, no máximo “, afirma Gisele.

Dos 28 casos confirmados em Apucarana neste ano, 21 são de homens e sete de mulheres. A maioria das pessoas infectadas está na faixa etária entre 20 e 40 anos. Grande parte, segundo o Natta, integra o movimento LGBTQIA+.

Entre os novos casos, entretanto, está o de uma criança de apenas 1 ano, que contraiu a doença da mãe – o pai também tem HIV. A pessoa mais velha com o vírus completou 60 anos de idade. Apucarana fechou 2021 com 40 registros de HIV (33 homens e 7 mulheres). 

Gisele observa, no entanto, que o tratamento – quando executado de forma correta – garante qualidade de vida aos pacientes. Totalmente gratuitos, os remédios, exames e consultas estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medicação ajuda a evitar o desenvolvimento da aids e o aparecimento de doenças oportunistas, que podem provocar a morte.