CIDADES

min de leitura - #

Cinco são presos por latrocínio de mestre de obras em Apucarana

DA REDAÇÃO

| Edição de 17 de março de 2022 | Atualizado em 17 de março de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A Polícia Civil conseguiu elucidar o caso da morte do mestre de obras Sebastião Marques Ramos, de 61 anos, cujo corpo foi encontrado, totalmente carbonizado, em 23 de dezembro de 2021, na Mata da Raposa, em Apucarana. 

Segundo o delegado chefe da 17ª SDP, Marcus Felipe da Rocha Marcus, o homem foi vítima de latrocínio, premeditado por um homem, de 24 anos, que contou com a ajuda da esposa, de 28 anos, da própria mãe, de 46 anos, de um rapaz de 20 anos, que morava com o casal, e de um vizinho, de 61 anos. Todos os cinco estão presos e vão responder por latrocínio. Os três homens envolvidos já tinham passagens anteriores pela polícia.
Outras três pessoas foram presas durante a investigação, por terem sido associadas ao celular da vítima, mas já foram soltas, depois que as investigações mostraram que elas não participaram do crime que levou à morte, Sebastião Ramos, que residia em Maringá, mas trabalhava em Apucarana.
O fato começou em 21 de dezembro, quando familiares do mestre de obra informaram sobre o sumiço do homem. No dia 22 de dezembro, a polícia localizou a caminhonete de Sebastião, que foi incendiada, no bairro Sumatra. No dia 23 de dezembro, um corpo totalmente carbonizado foi localizado cerca de 3 quilômetros do local onde estava a caminhonete. Logo nas investigações preliminares, a polícia confirmou que se tratava de Sebastião Marques Ramos.
Nas investigações, a Polícia Civil identificou os cinco envolvidos no crime e fez a prisão de todos. O casal preso ainda tentou, de forma desencontrada, justificar a morte dizendo que Sebastião teria oferecido dinheiro a eles para se relacionar com a filha do casal, uma criança de 7 anos. No entanto, essa versão foi desfeita por outras duas pessoas presas pela polícia. O rapaz de 20 anos, que morava com o casal, em depoimento, disse que todos os envolvidos haviam combinado a morte de Sebastião para vender a caminhonete dele e ficar com o dinheiro. Esse depoimento foi corroborado pelo depoimento do vizinho, de 61 anos, que foi contatado pelo casal para ajudar no crime, dando fim ao corpo, pelo que receberia R$ 1 mil. “Nós começamos a investigação tratando de um homicídio. Mas ficou claro para polícia que se tratava de um latrocínio, crime premeditado e executado com extrema violência”, afirma o delegado.
Segundo o delegado, eles  atraíram a vítima, cometeram o crime - Sebastião foi morto com uma paulada e várias facadas -, desovaram o corpo e esconderam a caminhonete para vendê-la mais tarde. 
Na mesma madrugada, decidiram queimar o corpo para impedir a identificação e tentaram esconder a caminhonete numa região de mata. Porém, sem experiência na direção, acabaram atolando em local visível. Sem poder remover o veículo, decidiram atear fogo para eliminar provas.