Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) nesta quarta-feira (29) colocou as rodovias paranaenses acima da média nacional. De acordo com os critérios estabelecidos pelo estudo anual, que analisou 6.386 quilômetros de estradas no Estado, 40,8% dos trechos das rodovias paranaenses foram classificados como bons ou ótimos, 43,2% como regular, 14,7% como ruins e 2,6% como péssimos.
Os números do Paraná estão acima da média nacional, que registrou 32,5% de trechos considerados bons ou ótimos, 41,4% de regulares e 26,1% de ruins ou péssimos na somatória dos 26 estados e do Distrito Federal.
O Estado também apresentou evolução no comparativo com os próprios dados contidos no estudo de 2022 da CNT. Houve um aumento de 3,3 pontos percentuais na avaliação positiva, que passou de 37,5% (sendo 26,2% bom e 11,3% ótimo) para os atuais 40,8% (28,3% bom e 12,5% ótimo) na avaliação geral.
Entre os critérios avaliados, estão as condições do pavimento, acostamentos e pontes, faixas adicionais, existência de trechos perigosos, sinalização e a visibilidade dos motoristas que trafegam pelas rodovias.
O cálculo dos indicadores estabelecidos coloca as rodovias do Paraná nas melhores condições da região Sul. No Estado, 12,5% dos trechos são avaliados como ótimo, enquanto esse percentual é de 9,4% em Santa Catarina e de 5% no Rio Grande do Sul. Na outra ponta, o Paraná também possui menor percentual de trechos considerados péssimos, com apenas 2,6% do total, ante 3,3% no Rio Grande do Sul e 8% em Santa Catarina.
PESQUISA – Em sua 26ª edição, na Pesquisa CNT de Rodovias os dados de 2023 foram coletados por 20 equipes de pesquisa, que, saindo de 12 capitais, avaliaram 111.502 quilômetros em 32 dias. Cada equipe foi alocada em uma rota, recebendo instruções específicas para o seu trajeto.
Os dados utilizados foram obtidos por meio de análise visual em campo, captura de imagem em vídeo com posterior avaliação via inteligência artificial, mapeamento prévio em escritório, a partir das bases de dados de edições anteriores da pesquisa e de outras bases georreferenciadas de uso público. Ao fim da coleta, os dados obtidos pelas três fontes foram processados em conjunto para gerar a avaliação
MELHORIAS – Mesmo já figurando entre os melhores estados do País, a perspectiva do Paraná é de continuar melhorando no ranking de rodovias nos próximos anos. Isso se deve à perspectiva de investimentos de mais de R$ 50 bilhões por meio do pacote de novas concessões rodoviárias, em que dois lotes já foram leiloados, e que serão aplicados em melhorias de 3,3 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais.
Além das parcerias com a iniciativa privada, o Governo do Estado também está executando outros R$ 8 bilhões em obras de infraestrutura e logística.
Região tem sete trechos avaliados pela pesquisa
Na região, dos sete trechos de rodovias avaliados no estudo da CNT, cinco tem classificação como bons os regulares. Os trechos melhor avaliados são a BR-376 – entre Apucarana e Curitiba – e a BR-369, entre Arapongas e Jandaia do Sul. Ambos aparecem como bons na classificação geral.
Três trechos obtiveram classificação regular: a PR-444, que liga Arapongas a Mandaguari; a PR-170, no Contorno Norte de Apucarana, e a PR-466 no trecho entre a BR-376 e Ivaiporã.
De outro lado, o trecho da BR-369, saindo de Jandaia do Sul sentido São Pedro do Ivaí, tem a pior avaliação da região: péssimo. Outra ligação para o Vale do Ivaí, a PR-453 entre Jandaia do Sul e a interseção com a PR-272, é classificada como ruim.