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Comunidade aprova modelo cívico-militar no Heitor Furtado

DA REDAÇÃO

| Edição de 18 de fevereiro de 2022 | Atualizado em 17 de março de 2022

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A comunidade escolar do Colégio Estadual Heitor Cavalcanti de Alencar Furtado, no João Paulo, em Apucarana, aprovou ontem a mudança da instituição para o modelo cívico-militar. Foram 12 horas de consulta pública encerrada às 20 horas, com quórum de 344 votos, sendo 237 a favor, 102 contra, 3 nulos e 2 brancos. O resultado foi divulgado às 21 horas. 

Pais, responsáveis e alunos com mais de 16 anos participaram em peso da consulta pública, também marcada por manifestações contrárias e favoráveis à militarização da instituição de ensino. Em frente à escola, professores e pais de alunos munidos com cartazes criticaram a falta de debate e esclarecimento sobre o referido modelo. Do outro lado, apoiadores colocaram um carro de som e pediram para a comunidade aceitar a mudança.
O diretor do colégio, José Carlos da Silva, disse antes da votação que tinha boas expectativas de que a mudança fosse aprovada. E após a contagem dos votos ele comemorou o resultado. “Fiquei muito feliz. Superou minhas expectativas. Mudanças boas virão”, comemorou. 
Silva garante que a administração escolar, direção, corpo docente e pessoal administrativo será mantida. Pelo projeto, a escola receberia uma equipe de apoio com 18 militares, sendo um diretor militar, um tutor e 16 monitores, todos com patentes a partir de sargento. “O que muda é que vamos ter uma equipe de apoio com 18 membros, um diretor militar, um tutor militar e 16 monitores que vão auxiliar. Com isso vamos conseguir desenvolver projetos, ativar a fanfarra e outros projetos”, disse.
O projeto do Colégio Heitor Furtado, do João Paulo I, é o mesmo também oferecido ao Colégio Polivalente, que gerou polêmica com a comunidade escolar. Lá, a votação foi feita por aclamação e a comunidade não aprovou a mudança. Foram 274 votos contrários à mudança e 230 a favor. No entanto, um grupo de pais favoráveis ao projeto está organizado e tenta anular a consulta pública para que uma nova votação possa ser feita. (COM REPORTAGEM DE VITOR FLORES E LIS KATO)