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Depen instala central de monitoramento de tornozeleiras eletrônicas em Apucarana

Adriana Savicki e Fernanda Neme

| Edição de 12 de julho de 2018 | Atualizado em 12 de julho de 2018

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Passa a funcionar a partir de hoje em Apucarana uma central regional de colocação e monitoramento de tornozeleiras eletrônicas. A implantação da unidade, autorizada pelo Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen), vinha sendo negociada desde o ano passado pelo judiciário local para agilizar a prestação da pena e melhorar a efetividade do controle dos apenados. Inicialmente, a central vai atender, além da sede, quatro comarcas da região que somam, atualmente, mais de 250 monitorados.

Com área de abrangência das comarcas de Apucarana, Arapongas, Marilândia do Sul, Ivaiporã e Faxinal, a central vai ocupar uma sala da antiga delegacia, onde também estão instalados o Instituto de Identificação e Delegacia da Mulher. Segundo o juiz criminal e diretor do Fórum de Apucarana, Osvaldo Soares Neto, a implantação da unidade é uma conquista da área de segurança pública. 
“Hoje, quando temos que colocar uma tornozeleira, é preciso encaminhar para Londrina, o que implica na necessidade de escolta policial e no deslocamento de policiais”, afirma o juiz, que destaca, ainda, o avanço no monitoramento do equipamento. 

Imagem ilustrativa da imagem Depen instala central de monitoramento de tornozeleiras eletrônicas em Apucarana


“A Vara de Execuções Penais de Londrina tem uma grande área de abrangência, de tal forma a monitoração direta e regionalizada traz muitos ganhos na fiscalização do cumprimento da pena”, comenta.
Adotada em meados de 2014 como ferramenta alternativa de controle de detentos, a cada ano cresce a opção pela tornozeleira no Estado. Segundo dados do Depen, em todo estado mais de 7,1 mil pessoas são monitoradas. 
Na região, a Comarca de Apucarana é que tem maior número de monitorados: 114 pessoas, seguida de Arapongas (84), Ivaiporã (39), Marilândia do Sul (14) e Faxinal (12), totalizando  263 pessoas.
O juiz Osvaldo Soares Neto destaca que a medida não é um benefício. “As pessoas podem pensar que a concessão da liberdade provisória é feita sem critérios, o que está longe de ser verdade. Nada mudou em relação a quem usa a tornozeleira”, comenta.
O monitoramento à distância pode ser aplicado em casos de presos do regime semiaberto e aberta e réus com processo criminal em andamento. “Ocorre que o estado não tem vagas suficientes no semiaberto o que implicava na liberação do apenado sem nenhum critério de fiscalização. A tornozeleira torna realmente efetiva a fiscalização”, comenta.
Para instalação da unidade, a reforma da sala e a aquisição de equipamentos foi garantida com recursos do fundo do Conselho da Comunidade e Conseg. Uma solenidade hoje, as 10 horas, com participação do juiz da VEP de Londrina Katsujo Nakadomari,  representantes do Depen e comarcas envolvidas marca o inicia das atividades da unidade.