A investigação a respeito do desaparecimento de uma moradora de Cruzmaltina, vista pela última vez no dia 19, tomou um novo rumo nesta semana após o proprietário da casa lotérica onde a mulher trabalhava procurar a Polícia Civil e denunciar um desfalque.
Leide Daiane é solteira, tem dois filhos e era funcionária do estabelecimento há cinco anos. O delegado Ricardo Mendes, da delegacia de Faxinal, explicou que as investigações iniciais consideravam a possibilidade de a mulher ter sido vítima de algum crime.
“Nossos esforços são para localizar e entender o que houve, esclarecer as circunstâncias e motivos para o desaparecimento”, diz o delegado.
A polícia rastreou as últimas movimentações de Leide. No dia de seu desaparecimento ela abasteceu carro, um Fox, e pagou com cartão de crédito. Na noite do mesmo dia, conversou por aplicativo com uma amiga e afirmou que estava na cidade vizinha de Faxinal e depois desapareceu. Sem contato com a mulher, os familiares procuraram a polícia. O celular foi rastreado no Paraguai e desde então, Leide apagou fotos e mudou linha do tempo em seus perfis nas redes sociais.
Segundo o delegado, após o registro do boletim pelo proprietário da casa lotérica, um novo inquérito policial foi instaurado. O empresário relatou à policia que só percebeu um possível desvio no fechamento contábil do dia 23 de maio.
As diferenças detectadas teriam ocorrido em 16, 17 e 18 de maio, nos três dias anteriores ao desaparecimento de Leide. Os levantamentos estão em andamento mas suspeitas iniciais a apontam que o desfalque chegue a R$ 100 mil.
A mulher, que tem antecedentes limpos e era de absoluta confiança na empresa, agora passa agora a ser suspeita do caso. Segundo o delegado, há alguns meses Leide mulher vinha se relacionando com ex-policial militar envolvido em crimes. (CLAUDEMIR HAUPTMANN)