Alvo de protestos por parte da comunidade escolar após a morte de um adolescente que se envolveu em uma briga, o diretor do Colégio Cívico-Militar Padre José Canale, Roberto Carlos de Oliveira, conhecido como Canela, quebrou o silêncio e falou sobre o assunto ontem. Canela se defendeu das acusações de ter sido omisso e revelou que ainda avalia seu retorno ao colégio.
O diretor permanece afastado das atividades, após um período de férias, agora por conta de uma licença médica.
O diretor, que está há 10 anos em frente à instituição, afirma que no dia da morte de Alekson Kongeski saiu do colégio no final do horário do expediente, as 17 horas. “Eu estava na minha casa no momento da briga, que ocorreu fora das dependências da escola. Funcionários me avisaram do que estava acontecendo e eu retornei até lá. Chegando ao local, fui atender os policiais que precisavam de mais informações a respeito. Neste momento, não atendi as chamadas do telefone porque estava dando atenção às equipes policiais”, revelou.
O diretor também comentou a acusação de que teria sido avisado com antecedência da tensão entre os adolescentes.
“Eu não sabia de nada, até porque, haviam alunos do Canale e também de outros colégios envolvidos, era uma tensão fora da escola. Eu sempre mantive um protocolo para os casos de tensão entre alunos quando a informação chega para mim. Então, quando sei da possibilidade de alguma briga, eu chamo o pai e libero o aluno minutos antes da saída, sob a supervisão de um responsável, para que não aconteça confusão. Mas neste caso eu não tive conhecimento”, afirmou.
Sobre seu afastamento, o diretor garante que nem as férias e nem a licença médica tem qualquer relação com as manifestações ocorridas no mês passado. Mesmo assim, ele afirma que avalia a possibilidade de se aposentar e diz que ainda não decidiu se vai retornar ao cargo.(ALINE ANDRADE)