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Estiagem triplica incêndios ambientais em Apucarana

Da Redação

| Edição de 28 de junho de 2024 | Atualizado em 28 de junho de 2024
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O número de incêndios ambientais mais que triplicou em Apucarana neste ano. De janeiro até esta sexta-feira (28) foram atendidas 210 ocorrências envolvendo queimadas na cidade, uma alta de 204% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram atendidas 69 ocorrências do tipo. Os dados são do Sistema de Estatísticas de Ocorrências do Corpo de Bombeiros que também mostram aumento de 124% nas queimadas em todo o Paraná, que soma 5,7 mil ocorrências. 

Junho não terminou, mas já é o mês com maior número de atendimentos em Apucarana. Foram 63 focos de incêndio ambiental até esta sexta-feira (28). O período com maior número de ocorrências coincide com a duração da estiagem. Apucarana não registra chuvas volumosas desde abril e já vinha registrando no início do ano um aumento na incidência de incêndios ambientais. Com a chegada do inverno e a vegetação seca, a tendência é que o quadro piore.

Segundo a tenente Ana Paula Zanlorenzi, do Corpo de Bombeiros, é justamente essa combinação de calor com tempo seco que aumenta os riscos de incêndios ambientais. “Com a umidade relativamente baixa e altas temperaturas, como temos registrado, são fatores que favorecem a propagação mais rápida desses incêndios ambientais. Tudo isso facilita a ocorrência de queimadas, porque essas chamas iniciam de uma forma pequena e tomam proporções muito grandes”, explica. 

A tenente frisa que quase todas as queimadas são associadas à atividade humana. “São pessoas que vão limpar seus terrenos e queimam a vegetação; bitucas de cigarro jogadas à beira da rodovia; além de situações criminosas onde pessoas ateiam fogo na vegetação por vandalismo”, explica.

Com esse tipo de conduta aumentando em todo o país – o Brasil registrou meses 17,1 mil queimadas, 81% a mais que no mesmo período do ano passado – a tenente orienta o registro de denúncia em órgãos competentes, uma vez que esse tipo de prática configura crime ambiental. “ A orientação é registrar denúncias nos órgãos competentes, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Polícia Ambiental. Se possível, fazer registro fotográfico ou repassar imagens de câmeras de segurança para que as medidas cabíveis sejam tomadas”, assinala.