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Familiares de vítimas de acidente vão ingressar com ações judiciais

Louan Brasileiro

| Edição de 15 de maio de 2024 | Atualizado em 15 de maio de 2024
Ônibus escolar tombou no Jardim Milani, em Apucarana
Ônibus escolar tombou no Jardim Milani, em Apucarana

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Pelo menos 18 pais ou responsáveis pelos estudantes que estavam em um ônibus escolar que perdeu o freio e acabou tombando na Rua Francisco Coelho Vilela, no Jardim Milani, em Apucarana, devem entrar com ação na Justiça contra a Prefeitura e a empresa terceirizada responsável pelo transporte dos alunos da rede pública.

O acidente aconteceu no dia 17 de abril. Vinte e nove pessoas estavam no veículo, que transportava estudantes até o Colégio Estadual Polivalente. Na ocorrência, 16 crianças foram levadas para atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Hospital da Providência. O motorista de 55 anos não se feriu.

De acordo com a advogada Júlia Romano de Souza, representantes de 18 famílias já procuraram advogados. “Algumas mães procuraram pelo nosso escritório já que muitas crianças sofreram ferimentos, além do abalo psicológico”, disse.

A maioria das ações que devem ser impetradas será por danos morais. “O certo é que boa parte das famílias deve entrar com ação por danos morais, mas há crianças que sofreram danos físicos e perdas materiais por exemplo”, afirma.

O principal objetivo das famílias, segundo a advogada, é buscar que seja feita justiça nesse caso e também evitar que uma situação como essa se repita.

O filho da autônoma Gláucia Gruber, de 13 anos, estava no ônibus. “Meu filho sofreu vários ferimentos. Ele quase perdeu a orelha, que precisou de vários pontos, além de traumatismo craniano sem lesão cerebral. Aquele dia foi muito angustiante para nós”, lembra.

A mãe também conta que está juntando a documentação para representar na Justiça, pois, além dos ferimentos no filho, a família foi lesada de diversas maneiras.

“O meu filho estava em semana de provas e perdeu todas as provas após o acidente. Isso acabou afetando suas notas na escola, sem contar que, mesmo com atestado médico, ele perdeu bastante conteúdo escolar”, diz.

DESDOBRAMENTOS

A empresa responsável pelo transporte escolar em Apucarana demitiu o motorista alguns dias após o acidente. Já a Prefeitura Municipal de Apucarana anunciou a abertura de um processo administrativo, que ainda não foi concluído, conforme o procurador jurídico do Município, Rubens de França.

“Nós instauramos um processo administrativo para apurar todo o caso, que está em fase de conclusão. No entanto, ainda não fomos notificados acerca de qualquer ação na Justiça por parte das vítimas do acidente”, disse o advogado. (LOUAN BRASILEIRO)