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Faturamento da agropecuária soma R$ 7,4 bilhões na região, aponta Seab

Cindy Santos

| Edição de 19 de junho de 2024 | Atualizado em 19 de junho de 2024
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A produção agropecuária da região atingiu R$ 7,4 bilhões no ano passado. O faturamento, referente aos 27 municípios do Vale do Ivaí mais Arapongas, é 4,7% menor do que os R$ 7,7 bilhões registrados no ano anterior. Entre os segmentos do agronegócio que mais geraram riquezas estão o frango de corte, soja e milho. Os dados constam na análise preliminar do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023 divulgada ontem pela Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). 

O maior VBP da região é o de Apucarana que ultrapassa R$ 736,4 milhões. O valor, entretanto, é 8,44% menor do que o faturamento do ano anterior, que somou R$ 804 milhões. A produção de frango de corte (R$ 329,5 milhões), soja (R$ 171,9 milhões) e milho (R$ 41,6 milhões) são os itens que mais geraram riquezas. 

Marilândia do Sul é o município com o segundo maior faturamento regional, com R$ 692,8 milhões. O valor é praticamente o mesmo registrado no ano anterior, de R$ 689,4 milhões. As culturas que mais colaboraram com o faturamento foi a soja (R$ 192 milhões), cenoura (R$ 160,8 milhões) e o frango de corte (R$ 82,7 milhões).

O terceiro maior VBP da região é o de Arapongas que somou R$ 634,7 milhões com os trabalhos no campo. Uma queda de quase 10% em comparação ao ano passado. A soja (R$ 181,7 milhões), ovos de galinha (R$ 173,5 milhões) e o frango de corte (R$ 110,7 mil) foram os maiores geradores de riquezas. 

No Paraná, o VBP somou R$ 197,8 bilhões em 2023, um crescimento 3% em relação ao ano anterior. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, destacou a grandeza do que é produzido no campo. “O VBP apresentou um aumento puxado basicamente pelas culturas de verão, que tiveram um ótimo desempenho, e isso remete a ter um VBP por hectare/ano de R$ 13,5 mil aproximadamente, que é um dos maiores VBP por hectare que temos hoje no Brasil”, disse.

“Isso mostra que o Paraná pratica a melhor agricultura do País hoje, reforça o segmento como pilar essencial da economia, mostra o valor dos nossos agricultores, das nossas entidades e posiciona o Estado como bastante produtivo na Nação”, complementou.

De acordo com o relatório analítico da economista Larissa Nahirny, coordenadora da Divisão de Estatísticas Básicas do Deral, o clima favoreceu a maior parte da agropecuária no Estado. “Ao contrário da safra 21/22, na qual as condições climáticas afetaram drasticamente as produtividades das culturas de verão, na safra 22/23 esses produtos obtiveram excelentes resultados”, afirmou. A nota baixa foi representada pela 2ª safra e por algumas culturas de inverno, como feijão e trigo, que registraram perdas de qualidade e produtividade.

O VBP contempla aproximadamente 350 itens diversificados, incluindo grãos, proteínas animais, fruticultura, floricultura, silvicultura e uma ampla gama de produtos da agropecuária paranaense. Os dados são levantados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, ao longo do ano com pesquisas de preços e das condições das lavouras nos municípios.