CIDADES

min de leitura - #

Fiep cobra solução para trecho não duplicado da BR-376 na Vila Reis

Da Redação

| Edição de 06 de junho de 2023 | Atualizado em 06 de junho de 2023
Imagem descritiva da notícia Fiep cobra solução para trecho não duplicado da BR-376 na Vila Reis

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Lideranças de Apucarana e entidades representativas do setor produtivo, como a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e sindicatos empresariais, estão uma solução definitiva para o impasse que impede a duplicação de um pequeno trecho da BR-376, ligação do Norte e Noroeste do Paraná com Curitiba e o Porto de Paranaguá.

A obra não foi concluída pela impossibilidade de desativação do antigo viaduto da linha férrea, cujo espaço entre suas pilastras de sustentação não permite a construção de uma pista dupla. 

A duplicação na região foi concluída ao fim do período de concessão da Rodonorte. Mas, na altura da Vila Reis, a obra segue inacabada até hoje. Um novo viaduto ferroviário, com espaço suficiente para permitir a construção da pista duplicada, já está pronto. Porém, a linha férrea ainda não foi desviada para essa nova estrutura por causa de uma disputa judicial entre a Rumo, concessionária do serviço ferroviário, e proprietários dos terrenos que ficam ao lado da ferrovia.

Em 2019, a Rumo ingressou na 1ª Vara da Justiça Federal em Apucarana com uma ação de reintegração de posse. No ano seguinte, a empresa obteve sentença favorável, o que permitiria que desviasse os trilhos sem a necessidade de pagamento de indenização. Porém, os proprietários dos terrenos recorreram, alegando que não havia sido realizada uma perícia, e a sentença foi anulada em segunda instância. Atualmente, o processo está em fase de realização dessa perícia. 

O andamento do impasse tem sido acompanhado pela Fiep e outras entidades que representam diferentes setores produtivos da região. “Uma infraestrutura adequada é fundamental para a competitividade da indústria e de todo o setor produtivo”, afirma o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “A duplicação de boa parte da BR-376 já foi um grande avanço para as empresas do Norte e Noroeste do Paraná, mas é incompreensível que se leve tanto tempo para solucionar um impasse relativamente pequeno e finalizar esse trecho em Apucarana, que ainda causa transtornos para veículos e caminhões que passam por ali”, completa.

O prefeito de Apucarana, Júnior da Femac (PSD), reforça a necessidade de conclusão da duplicação o mais rapidamente possível. “Aqui passa toda a safra do Norte do Paraná, que é de 25% a 30% da safra do Estado. Estamos falando da região de Maringá, Paranavaí, parte de Londrina, tudo isso passa aqui, além de partes do sul de São Paulo e grande parte do Mato Grosso do Sul. E todo mundo tem que fazer fila indiana, sendo que a obra está pronta”, declara. “O interesse da sociedade tem de prevalecer. Esse não é um problema de Apucarana, é um problema do Norte do Paraná e de todo o Estado”, acrescenta.

Opinião parecida tem o presidente do Sindicato da Indústria do Arroz, Milho, Soja e Beneficiamento do Café do Estado do Paraná (Samisca), Sérgio Biazze. Para Biazze, a conclusão não apenas do trecho da Vila Reis, mas também de outros que seguem em pista simples entre Apucarana e Curitiba é fundamental para o setor produtivo da região. “A infraestrutura precisa ser adequada e os trechos que ainda não foram feitos devem ser concluídos o mais breve possível, porque o fluxo de veículos e a produção vêm aumentando, principalmente do setor de commodities, e é preciso ter infraestrutura disponível para tudo isso”, completa.

Pequeno trecho não duplicado prejudica logística na região

A presidente do Sindicato das Indústrias de Pré-Moldados de Concreto e Artefatos de Cimento do Norte do Paraná (Sindccon-Norte), Carmen Lúcia Izquierdo Martins, destaca que o trecho inacabado é um gargalo logístico para a região. “O desenrolar desse processo é fundamental para a indústria, porque vai melhorar muito a logística e a comunicação com as cidades vizinhas, então para nós é muito importante”, afirma Carmen, que é também vice-presidente da Fiep. 

Já o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Apucarana (Sindimetal-Apucarana), José Carlos Bittencourt, critica a burocracia excessiva que impede a conclusão da obra. Ele também ressalta que o trecho em pista simples gera insegurança. “É de fundamental importância terminar aquela obra e termos mais agilidade nos investimentos em infraestrutura”, completa Bittencourt, que também integra a diretoria da Fiep.

Acia defende medidas urgentes

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Apucarana (Acia), Wanderlei Faganelo, também cobra uma solução. “Entendemos que isto é inadmissível, ainda mais após tantos anos de cobrança do pedágio”, diz. “Faganelo também lembra que a BR-376 serve para o escoamento da produção não apenas de toda a região Norte e Noroeste do Paraná, mas também de outros estados. “Diante dessa situação, nós queremos solicitar às entidades responsáveis pela administração da obra para que tomem medidas urgentes, visando a conclusão da rodovia. É imprescindível que a segurança e o bem-estar do cidadão sejam prioridade no processo de resolução”, conclui.