CIDADES

min de leitura - #

Furtos e roubos preocupam comércio

Cindy Annielli

| Edição de 17 de novembro de 2015 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Lojistas que trabalham no centro de Apucarana estão preocupados com a sucessão de crimes praticados no comércio e reivindicam a adoção de ações ostensivas dos órgãos de segurança. Ontem de manhã, dois homens armados assaltaram uma loja de uma operadora de telefonia celular, na Avenida Curitiba. A dupla rendeu dois funcionários e levou todo o dinheiro do caixa (o valor não foi divulgado pela empresa). As vítimas relataram que este foi o segundo assalto no local só este ano. Comerciantes ouvidos pela Tribuna afirmam que casos do tipo estão cada vez mais frequentes e ocorrem em plena luz do dia, em locais com grande movimentação, o que gera temor e insegurança.

Imagem ilustrativa da imagem Furtos e roubos preocupam comércio

A reportagem ouviu seis proprietários de lojas no centro - todas já foram alvo de algum tipo de crime - e a reclamação é a mesma: faltam policiais militares e guardas municipais nas ruas. “Estamos sofrendo uma insegurança muito grande neste ponto”, alegou Célia Santos Assunção, proprietária de floricultura.

Célia conta que sua floricultura foi arrombada duas vezes. “Este ponto é muito complicado porque próximo à Caixa Econômica Federal onde muitas pessoas ficam aglomeradas. Não digo que são todos, mas tem muitos que ficam ali bebendo e se drogando. Isso começou depois que o módulo da Guarda Municipal, na Praça da Onça, foi desativado”, comenta.

A gerente de uma loja de roupas, que não quis se identificar, afirma que os furtos são constantes. Ela relatou que, no local onde trabalha, uma pessoa entrou se passou por cliente e, minutos depois, saiu correndo levando uma peça de roupa.

“Pequenos furtos e outros delitos estão acontecendo com frequência, principalmente na Avenida Curitiba. A sensação é que a cidade está vulnerável à ação desses bandidos, enquanto a polícia e a GM só pensam em multar os trabalhadores”, criticou outra empresária que pediu para não ter o nome divulgado. Ela teve a loja assaltada duas vezes este ano.

SEGURANÇA

Para garantir a segurança de seus estabelecimentos, empresários passaram a investir pesado em sistemas eletrônicos. Dona de uma livraria, Rosângela Tormino, providenciou a instalação de um circuito interno de câmeras, alarmes e de grades de proteção nas vitrines. Ela ainda contratou os serviços de uma empresa de monitoramento para garantir que o espaço não seja invadido novamente. “Tomei essa decisão após estourarem a vitrine da loja”, conta.

Outro proprietário de uma loja de roupas disse que pequenos furtos são constantes e muitos nem chegam ao conhecimento da polícia. “Tenho visto que a maior parte das lojas da Avenida Curitiba tem sofrido pequenos furtos. Na minha loja já aconteceu e como eu consegui recuperar a peça não fui até a delegacia dar queixa, até porque não pude sair da loja”, conta.

PM faz análise diária das ocorrências criminosas

O relações públicas do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sargento Daniel Rodrigo de Souza, comenta que o comando se reuniu em duas oportunidades para analisar a ocorrência de crimes no comércio da área central, no entanto, afirma que a criminalidade aumentou em todo País, não sendo um problema exclusivamente de Apucarana. “Os comerciantes precisam analisar o contexto nacional. A criminalidade aumentou em todo lugar, em consequência do que está acontecendo no cenário nacional. E Apucarana não fica de fora”, reitera.
Souza destaca que o comando analisa os relatórios de ocorrências diariamente para desenvolver estratégias conta a criminalidade. “Não estamos nos escondendo atrás de uma problemática existente e sim estamos trabalhando para manter Apucarana dentro de um padrão. Todos os dias é realizada uma análise do relatório na tentativa de mudar a situação”, conclui.
Já o comandante da Guarda Municipal (GM), Edinei da Silva, afirmou que vai intensificar a atuação da GM nas ruas. “Vamos reforçar o nosso policiamento preventivo nas praças e, com certeza, vamos dar apoio as ações da PM, mas nossa responsabilidade são o trânsito e os prédios públicos”, assinalou.
A reportagem apurou junto ao 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) que a operação fim de ano, com mais policiais nas ruas centrais, será iniciada quando o comércio passar a funcionar em horário diferenciado, até as 22 horas