A horta solidária implantada no Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti, zona norte de Apucarama, completou nesta semana um ano de atividades. Com uma área de 3.140 m², é a segunda maior do município. Além da produção de alimentos e dos ganhos terapêuticos para os participantes, o projeto gera renda para as famílias, tem o viés social com a doação de parte da produção e agrega ainda a preservação ambiental.
A unidade do “Dom Romeu” integra o Programa Municipal de Hortas Solidárias, desenvolvido pela Secretaria da Mulher e Assuntos da Família (Semaf). São cerca de 30 hortas na cidade.
O prefeito Junior da Femac reitera que um dos diferenciais desta horta está na preservação ambiental. “A nascente que existe no local - que contribui para a formação da Lagoa Tarumã/Ouro Fino – foi recuperada. O local, antes assoreado por entulho e lixo, agora serve de fonte de água para irrigação da horta solidária do bairro”.
De acordo com a secretária Denise Canesin, a horta conta com a participação de 11 homens e 12 mulheres. “No entanto, o projeto tem um alcance muito maior, pois os participantes além de levar o alimento para casa comercializam o excedente e ainda há o trabalho social com doações que são feitas”, assinala Denise.
A coordenadora do programa, Maura Aparecida Fernandes de Oliveira, explica que as atividades são desenvolvidas de forma compartilhada, desde o plantio, a rega e demais manejos até a colheita que é realizada de forma coletiva. Os itens comercializados geram uma renda extra que varia entre R$ 200 e R$ 600 para cada participante.
Ivone de Almeida Silva conta que a horta surgiu num momento difícil da sua vida. “Eu já estava bem depressiva pela perda do meu pai e depois veio o Covid que levou meu irmão. Quando fiquei sabendo que iria ter uma horta perto de casa, isso me encheu de esperança”, frisa Ivone, reiterando que divide alimentos com sua mãe e sogra. “Consigo também vender alguma coisa. É o dinheirinho para o sorvete de um filho, do neto e para comprar uma carne no final de semana”.