Pelo menos cinco homens armados e encapuzados participaram da execução de um jovem de 24 anos, morto a tiros no início da tarde desta terça-feira (23) na zona norte de Apucarana. O crime aconteceu no Jardim Ponta Grossa e a vítima foi perseguida pela rua, tentou se abrigar em um mercado, mas foi baleada.
Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento para onde a vítima correu tentando se salvar mostram, segundo a polícia, um atirador disparando contra a vítima já caída no chão. O jovem morto estava em saída temporária e voltaria para o Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon) em três dias.
O rapaz foi identificado como Marlon Henrique Baptista de Souza. Ele estava sentado na mureta de uma residência quando foi surpreendido pela chegada e quatro atiradores, que saíram de uma Parati cor prata.
Os atiradores desceram do carro atirando e o rapaz fugiu para um mercado localizado na esquina das ruas Paranaguá e Carlos de Carvalho. Funcionários e consumidores estavam dentro do estabelecimento, houve correria, mas ninguém se feriu.
Marlon foi perseguido dentro do estabelecimento, pulou um muro e entrou no quintal de uma residência nos fundos, onde faleceu. Neste local, ele foi alvejado novamente. Na sequência, os atiradores entram no carro e o motorista arranca e foge. O veículo foi encontrado na noite de ontem, carbonizado, em uma estrada nos fundos do residencial Jaçanã, na zona leste da cidade.
O Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto de Criminalística compareceram no local. Preliminarmente, a informação é que mais de vinte tiros foram disparados. Vários cartuchos de calibre 9 mm foram recolhidos. Imagens de câmeras de segurança do estabelecimento e de imóveis vizinhos foram requisitadas pela Polícia Civil para investigação.
Segundo o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, p jovem cumpria havia sido beneficiado em saída temporária no último dia 12 de maio, para o Dia das Mães. Ele era morador do bairro. Segundo a Polícia Civil, Marlon deveria voltar ao Creslon na próxima sexta-feira (26).
Segundo o delegado, a polícia trabalha com a possibilidade do crime ter ligações com outras execuções registradas na cidade nos últimos meses motivadas pela disputa do tráfico de drogas. “Ainda não temos elementos para afirmar isso, mas já trabalhamos dentro dessa possibilidade. É o mesmo modo de operação”, comenta. (COM REPORTAGEM SILVIA VILARINHO)