CIDADES

min de leitura - #

Material escolar fica até 93% mais caro

Renan Vallim

| Edição de 07 de janeiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A lista de material escolar ficou, em média, 18% mais cara neste ano. Praticamente todos os itens subiram de preço, alguns ultrapassando os 90% de alta. Os produtos que ficaram mais caros são aqueles relacionados a papéis, como cadernos e pacotes de folha sulfite. De acordo com consumidores, as palavras-chave nas papelarias da região são pechinchar, adaptar e negociar com as lojas e também com os filhos.

Imagem ilustrativa da imagem Material escolar fica até 93% mais caro

Em pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE) em todo o Brasil, a alta do material escolar foi de 11,98% para o item caderno e de 13,36% para artigos de papelaria. Já a média do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,97% no mesmo período.
Em Apucarana, a Tribuna realizou um levantamento de preços em papelarias da cidade, cotando os itens mais vendidos. Foram 16 itens pesquisados. Os cadernos são os produtos com maior índice de alta de preços, mesmo os modelos mais simples. O de matemática brochura, por exemplo, subiu 93%, indo de R$ 1,50 para quase R$ 3. Já o de linguagem, também brochura, no ano passado saía em torno de R$ 1,10. Neste ano, o valor é de aproximadamente R$ 1,45, variação de quase 32%.
O pacote com 500 folhas de papel sulfite, tamanho A4, subiu R$ 4 em apenas um ano. O item, que custava pouco menos de R$ 15 no início de 2016, agora é vendido por cerca de R$ 18,50, alta de 26%.
“Os itens relacionados a papel foram os que mais subiram mesmo. Cadernos, folhas sulfite, livros, tudo aumentou bastante”, afirma Rosângela Tormina, proprietária de uma livraria e papelaria em Apucarana. Itens de papelaria receberam novas taxações do governo em 2016, o que influenciou no aumento dos preços.
Outro item que subiu acima da média foi o conjunto de 12 canetas hidrocor, que custava menos de R$ 6 em 2016 e, atualmente, chega a R$ 9, alta de aproximadamente 55%. No levantamento, apenas o apontador caiu de preço, passando de R$ 1,65 para R$ 1,50 (-9%). O lápis preto e a caixa com 12 unidades de lápis de cor mantiveram os mesmos preços.

MOVIMENTO
Apesar das aulas na maioria dos colégios iniciarem apenas daqui a pelo menos um mês, as papelarias já apresentam boa movimentação de consumidores. “O movimento está igual ao ano passado, nem melhor nem pior. Mas daqui até o início das aulas, o número de compradores deve aumentar cada vez mais”, afirma Rosângela.
Com os preços em alta, a ordem é pesquisar. “Os preços subiram muito, está tudo muito caro, bem mais caro do que no ano passado. O jeito é pesquisar e buscar os menores preços. Fui até para livrarias em Londrina para procurar ofertas e preços mais baixos. Não tem jeito, tem que ter paciência para comprar melhor. Outra saída é tentar adaptar a lista de compras, trocando marcas e modelos para não estourar o orçamento”, afirma a dona de casa Luciene Bacarin, que comprava os materiais escolares dos dois filhos, de 8 e 14 anos.
Itens de personagens famosos são geralmente os preferidos das crianças, mas podem encarecer facilmente a lista de compras. Enquanto alguns modelos ficam em torno dos R$ 150, outros podem passar dos R$ 400. “É complicado, porque essas mochilas de personagens são os que as crianças mais gostam. Por isso, é necessário negociar com as crianças. A sorte é que minha neta é bastante compreensiva”, diz a professora Édna Hossaka, que comprou o material escolar da neta de seis anos.